Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: As políticas públicas de incentivo à educação superior no contexto nacional

Redação enviada em 18/10/2018

A expressão “Ordem e Progresso”, abreviação do lema de Auguste Comte, encontra-se na bandeira de um país onde uma educação de qualidade sempre foi um privilégio da população mais rica. Considerando essa incoerência, nunca é inoportuno ressaltar que, no Brasil, pessoas negras e pardas correspondem a grande maioria da população em situação de pobreza. Assim, manifesta-se inerentemente a realidade pátria, como fruto tanto do preconceito racial quanto desigualdade econômica, a questão da necessidade de políticas públicas de incentivo à educação superior. Convém salientar, a princípio, que a desigualdade econômica é, de maneira irrefutável, um fomentador da ausência de muitos brasileiros na educação superior. Conforme a corrente positivista, que auxiliou na proclamação, a república deve “conservar melhorando”, isto é, conservar e aperfeiçoar aquilo que existe de bom (Ordem) por meio da correção e eliminação daquilo que é ruim (Progresso). Dessa maneira, o Estado, visando cumprir com os objetivos da Constituição (artigo terceiro), deve ampliar as políticas de auxílios financeiros a estudantes carentes, tendo em conta que são recorrentes os casos de abandono aos estudos, em todo o território nacional, em virtude das dificuldades de conciliação de atividades acadêmicas e profissionais. Com isso, contribuindo para a questão no Brasil, evidencia-se a falta de recursos econômicos como sustentáculo de muitos dos casos de abandono escolar. Outrossim, deve-se considerar a postura do chinês Confúcio, “se queres prever o futuro, estuda o passado”, ao se analisar a causalidade entre o preconceito racial e a ausência de negros nas instituições de ensino superior. Percebe-se, no decorrer da consolidação do Estado, que a referida relação demonstrou-se associada a vários episódios dentre os quais, cita-se a falta de oportunidades para essa minoria racial no sistema produtivo da República Velha. De acordo com essa perspectiva, é importante situar que, nesse contexto, observa-se a inserção dessa classe em condições de pobreza que a incapacitava de uma posterior integração no sistema de educação superior, sendo fundamental a análise de tais fatos para o tratamento da atual situação nacional. Desse modo, evidencia-se a necessidade de se estudar acontecimentos dessa natureza objetivando ampliar a política de cotas para os cidadãos brasileiros. Compreende-se, no alicerce do sistema de cotas, portanto, a necessária correção dos efeitos da pobreza e do preconceito racial. Para amenizar esse quadro, a concepção aristotélica de que “o homem é o princípio das ações” mostra ser fundamental a mobilização da sociedade civil em manifestações pacíficas nas ruas exigindo a ação do Ministério da Educação na manutenção e ampliação das vagas para cotistas no ensino superior. Além disso, as emissoras de televisão, com dados coletados por profissionais especializados, devem elaborar campanhas de abrangência nacional expondo estudos históricos sobre os benefícios das políticas de inclusão nas faculdades, bem como práticas que promovam a sua ampliação. Dessa forma, as propostas de Aristóteles e Confúcio permitirão o avanço da Ordem e do Progresso no país.