A educação certamente é um dos indicadores mais fidedignos no que concerne o desenvolvimento de um país, devendo a mesma estar à disposição daqueles que compunham a sociedade. Contudo, no Brasil o ensino superior foi tido por muito tempo como &apos;privilégio&apos; de alguns e não direto de todos. <br> Até o ano 2000 a proporção entre universitários de baixa renda X classe média alta se dava de forma discrepante; e quando avaliada a presença de grupos étnicos marginalizados os índices tendenciavam a zero. Isto, aliado a outros fatores como o analfabetismo adulto, gerava um ciclo vicioso que não permitia ao pobre emergir economicamente. <br> Em contrapartida, o governo federal lançou uma série de estratégias que incluíram a criação de Campus universitários interioranos, cotas destinadas a oriundos do ensino público (e dentro destas uma porção destinada a negros, pardos e indígenas) e ainda programas de auxílio estudantil, à exemplo do REUNI e Bolsa Permanência. Tudo isto culminou na diminuição significativa das desigualdades sociais, do preconceito racial e do estigma &apos;pobre X universidade&apos;. <br> Portanto, torna-se inegável a importância de tais políticas na construção de uma sociedade com mais equidade e justiça. Valendo salientar que tais medidas devem ser complementadas através do fortalecimento estrutural e docente dos novos Campus, bem como pela fiscalização efetiva dessas leis, assegurando o direito a quem realmente o pertence. Assim, o Brasil caminhará, mesmo que a passos lentos, rumo ao primeiro mundo.