Devido à marcante desigualdade social que assola o país e à má qualidade da educação básica pública, nem todos estão aptos a concorrerem igualmente a uma vaga em uma universidade. Assim, tem-se visto diversas políticas governamentais, as quais buscam ampliar o acesso a cursos superiores. É importante pontuar, inicialmente, que antes de tais medidas os negros eram uma pequena parcela dos estudantes das universidades públicas, tendo em vista que a abolição da escravidão, em 1888, não assegurou a melhoria na condição de vida, deixando-os a margem da sociedade e tal realidade era vista nessa quantidade ínfima de estudantes. Diante disso, foi sancionada, em 2012, a lei das cotas, a qual abrange estudantes de escolas públicas, de baixa renda, negros, índios e pardos. Tal ação afirmativa conseguiu incluir esses jovens no nível superior e embora, de início, apresentem uma dificuldade no acompanhamento, esses, no decorrer do curso, tem um desempenho igual ou superior aos demais, além da taxa de desistência ser inferior. Ademais, o governo tem agido também por meio de programas como o Prouni, o qual oferece bolsas em faculdades particulares, e o Fies, que é um financiamento estudantil para a graduação. Cabe, portanto, ao governo continuar a agir por meio de ações afirmativas e ampliá-las, a fim de proporcionar a igualdade no acesso à educação superior; aumentar a quantidade de vagas nas universidades; investir mais nessas instituições, com a finalidade de melhorar a qualidade de ensino e formar bons profissionais; além de expor, por meio das mídias, tais programas com a finalidade de informar a população acerca da existência desses.