A educação superior brasileira é de difícil acesso apesar dos incentivos instaurados ao passar dos anos. Apesar disso, cada vez mais indivíduos de raças desvalorizadas tem mais chances de se integrarem as universidades e melhorarem sua qualidade de vida pelo programa de cotas. Mas estas atitudes tem gerado polêmica, pois na verdade, estaria o país combatendo o racismo ou aumentando mais ainda as tensões raciais? No Brasil, o valor integral da mensalidade de um curso superior vai além da realidade da maioria dos cidadãos, ficando o acesso restrito a quem vive em boas condições econômicas. Os programas de incentivo surgiram para que a maioria pudesse obter acesso mais facilitado as universidades, ganhando bolsas e financiamentos através das notas obtidas pelo ENEM. Com a notoriedade da diferença de universitários entre as raças, o programa de cotas dá preferência ao ingresso de alunos negros, pardos e indígenas, diminuindo a nota de corte para esta modalidade. Mas apesar dos resultados que entregam um aumento significativo de negros nas faculdades, o sistema ainda não parece ser a maneira mais correta de igualar as raças. Tal decisão demonstra que o país tenta contornar seus déficits no ensino básico inserindo o maior número de jovens nas universidades, sem realmente considerar o seu aprendizado, através de notas de corte baixas. Portanto, um aluno carente que tenha obtido uma desempenho maior do que outro que seja de classe alta e beneficiado por cotas, poderá perder seu lugar, levando a acomodação por parte de alguns cotistas que não se importam tanto em obter uma boa avaliação, aumentando as tensões raciais. O governo, portanto, poderia repensar seus programas, priorizando um ensino de qualidade que se estende do maternal ao doutorado, inserindo corretamente as condições para que a igualdade ocorra e não as forçando de maneira a iniciar outra desigualdade.