Desde as cotas raciais até os sistemas de seleção unificada, o governo federal brasileiro está investindo ininterruptamente a favor da inclusão social nas instituições de ensino superior do país. Tais políticas públicas tiveram resultados positivos e foram comentadas por todo o país, mas as opiniões acerca de até que ponto são de fato inclusivas variam de cidadão a cidadão. Apesar de mais de 70% da população de classe baixa ser negra, é comum ouvir dizer que tais políticas, como as cotas, favorecem uma raça apenas e não um percentual real da população que necessita de apoio. Além disso, 90% das instituições utilizam o critério de autodeclaração da cor do candidato, fazendo com que burlar não seja tão difícil e facilitando a ocorrência de fraudes. Não há como saber ao certo se tais políticas estão beneficiando quem de fato deveria ser beneficiado. No entanto, é inegável a eficácia de tais políticas ao se observar o aumento dos índices de participação da população negra, parda e de classe baixa nas universidades por todo o país. Subiu de 2,2% para 11% a porcentagem de pardos que cursam ou concluíram um curso superior no Brasil; e de 1,8% para 8,8% de negros. Mesmo assim, ainda há quem diga que as políticas de incentivo atuais não são totalmente efetivas. Seja argumentando a favor de maiores investimentos na educação geral do país ou dizendo que as cotas favorecem a desigualdade, há discordâncias por todo o país de modo a tornar o assunto quase que polêmico. Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse, a começar por campanhas midiáticas iniciadas pelo governo que informem a população quanto a real necessidade e funcionalidade das políticas de incentivo iniciadas por ele. De acordo com Immanuel Kant, o ser humano é aquilo que a educação faz dele. Em concordância com essa afirmação, o MEC deve instituir nas escolas palestras e atividades inclusivas que contribuam para a conscientização dos estudantes acerca de tais políticas. Ademais, debates devem ser incentivados e sugestões devem ser enviadas aos órgãos do governo. Desde que haja parceria entre comunidade, família e Estado será possível construir um ambiente social saudável.