Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: As políticas públicas de incentivo à educação superior no contexto nacional

Redação enviada em 13/02/2016

A década de 90 sucedeu-se por movimentados anos: a adequação da nova Constituição Brasileira, o Movimento Fora Collor e, um grande acontecimento pouco lembrado: a visão da desigualdade racial. Visão esta que se estendia aos tentáculos da educação, onde além da falta de vagas, tínhamos um déficit gigante de pessoas negras e pardas no ensino superior. Durante os 12 anos de um governo com forte apelo às questões de cunho social, tivemos o incremento de ações afirmativas no sentido da inclusão social através da educação. ProUni, oferecendo bolsas para quem não tem condições. SISU, para facilitar o processo de igualdade nas faculdades e universidades públicas (notadamente elitistas) e, FIES, um programa de visão mais ampla no quesito igualdade, incluindo não apenas negros e pardos, mas todos que desejam estudar e não tem condições de pagar uma mensalidade. O problema é que a chamada ‘’Lei das Cotas’’, ignora negros e pardos oriundos de colégio particulares (a justificativa de retratar um erro histórico não cabe mais, uma vez que continua segregando). Os avanços feitos até agora (aumento da inclusão de negros e pardos no ensino superior de 2,2% para 11%), ainda são refreados. A USP, por exemplo, nos cursos em que adotou as cotas, exigiu uma nota de corte altíssima, impossibilitando um aluno de colégio público de ingressar na faculdade. Apesar disso, se diz inclusiva. É preciso lembrar que o problema educacional não está mais no acesso às universidades públicas. Nosso porém é no número de vagas. O déficit de 16 milhões de vagas não será corrigido com cotas. Essa lei que visa ser uma solução paliativa (‘’momentânea’’) é apenas uma peneira tentando tapar o sol. Para realmente termos uma educação inclusiva, é necessário aumentar o número de vagas ofertadas, não apenas dividir as já escassas vagas existentes. A educação superior necessita de investimentos fortes para aumentar vagas e manter sua excelência na qualidade educacional. Não será preciso cotas quando todos tiverem suas vagas garantidas no curso desejado. É necessário não apenas um exame único nacional, mas universidades capazes de atender ao aluno e sua expectativa de um futuro digno.