A Constituição Brasileira de 1988 deixa explícito em sua leis, dentre outros, o direito à educação e à cidadania, independente de cor ou classe social e dentro desse campo, garantir o ensino superior é de fundamental importância para confirmar esses fundamentos. No entanto, no decorrer dos anos foi notável que negros e pobres compunham uma porcentagem ínfima dos alunos universitários e coube ao Estado lançar politicas de incentivo à educação que alcançassem esses indivíduos. Após a Lei Áurea ser sancionada em 1888, a condição social do negro não mudou, pois mesmo a escravidão sendo abolida, este continuou pobre e à margem da sociedade. O que se vivencia atualmente é o espelho do seculo XIX, já que os negros ainda recebem salários baixos, não ocupam altos cargos e, principalmente, não recebem ensino de qualidade. Sem uma boa educação, esses indivíduos não possuem condições de concorrerem à uma vaga na universidade, por exemplo, o que compromete o seu desenvolvimento social. Diante dessa realidade, o governo vem adotando politicas que são os primeiros passos para uma educação igualitária. A cota racial é o reconhecimento de um passado injusto e desproporcional e uma forma de tentar remediar a escravidão, que evitou a ascensão social dos negros. Além das cotas, encontram-se o SISU e o PROUNI, programas que, com o auxilio do ENEM, oferecem aos estudantes mais oportunidades para ingressar no ensino superior público e privado, respectivamente. Com base no que foi exposto, portanto, fica claro que as políticas públicas de incentivo à educação superior é essencial na busca de oportunidades iguais para todos os indivíduos, sejam eles brancos ou negros. É necessário que as instituições estejam aptas à aderirem essas politicas e o Estado deve continuar buscando formas de oferecer um ensino de boa qualidade e com isso garantir o desenvolvimento do país.