É evidente no Brasil que a educação superior é um privilégio restrito à classe e etnia de uma pessoa. Políticas públicas de incentivo à educação, como o sistema de cotas, e programas como o Prouni ainda estão em processo de desenvolvimento e representam uma pequena parte das medidas necessárias para mudar essa realidade. É preciso eliminar as diferenças socioeconômicas. Nas últimas décadas, observou-se o avanço das ações das ações afirmativas em muitas áreas, como na educação. A porcentagem de negros e pardos que conseguem ingressar e terminar a faculdade triplicou e programas como o SISU, um sistema de seleção unificada, passaram a integrar o processo seletivo da maioria das instituições de nível superior. Por outro lado, nota-se que essa mudança ainda é muito pequena. Os alunos beneficiados por essas políticas representam cerca de 30% de todos os universitários do país, e desta porcentagem nem todos conseguem chegar ao final do curso por questões econômicas e dificuldades no aprendizado. Fica claro, portanto, que as políticas públicas de incentivo à educação superior podem sanar um grave problema nacional se aplicadas de maneira correta. Porém, antes de serem aplicadas, o governo deve criar um alicerce educacional que seja capaz de suportá-las, para que os beneficiários dessas políticas cheguem à universidade com o devido aprendizado básico, bem como fomentar as bolsas permanência para que eles tenham condições financeiras para terminar seus estudos. Não basta incluir todos na educação superior, é preciso também acabar com os preconceitos e oferecer condições igualitárias.