Título da redação:

O Brasil precisa de justiça educacional

Tema de redação: As políticas públicas de incentivo à educação superior no contexto nacional

Redação enviada em 20/04/2016

A “burguesia” brasileira ainda com todos os seus privilégios econômicos e sociais insistem em questionar a inclusão de pessoas menos favorecidas nas instituições de ensino. Mesmo com a abolição da escravatura em 1888 com a lei Áurea, 700 mil escravos foram libertados sem nenhuma perspectiva de educação ou emprego. Décadas se passaram, e mesmo com algumas medidas de inclusão educacional muitos ainda lutam por conquistar um espaço na sociedade. O processo educacional básico no Brasil é dividido em duas realidades, os primeiros são da classe média a alta que bancam os estudos dos filhos em escolas particulares e o “resto” na maioria de classe baixa ficam a mercê do ensino público. Um levantamento feito pelo IBGE mostra que tanto nas universidades particulares quanto nas públicas a maioria dos estudantes são brancos e com condições financeiras. Esses dados demonstram a dificuldade que jovens negros e pobres tem de conseguir competir por uma vaga no ensino superior. No Brasil o sistema de cotas tornou-se conhecido em meados dos anos 2000, inicialmente pela UERJ, que foi a primeira universidade do país a criar um sistema de cotas em vestibulares para os cursos de graduação, com 50% das vagas destinadas a eles. Depois desse primeiro passo outras universidades começaram também a integrar esses alunos, atualmente existem algumas políticas públicas que ajudam nesse processo como o Prouni, o FIES e o principal é o SISU. Esse sistema distribui vagas para todas as classes sociais nas UFs do país, diferente do que muitos pensam a cota de cor é associada a alunos que estudaram em escolas públicas e não apenas pela raça. Desse modo, um país com uma população tão diversa tanto economicamente como socialmente precisa de justiça e não de igualdade, pois muitos precisam de mais apoio do que outros. Medidas de curto e longo prazo são necessárias no contexto atual, como a permanência das cotas em universidades públicas e particulares, o Ministério da Educação deve investir na qualidade do ensino básico e além dos três anos do ensino médio incluir um preparatório pré-vestibular pra melhor suprir as necessidades dos alunos.