Título da redação:

Não adianta esconder.

Tema de redação: As políticas públicas de incentivo à educação superior no contexto nacional

Redação enviada em 27/02/2016

A desigualdade social e racial sempre foi uma grande chaga na história do Brasil. Por séculos, o “sistema” foi conduzido com uma espécie de ordem ariana, rebaixando o negro, o pardo e o pobre a um nível pífio. Mas com o fim da escravidão em 1888, a criação da educação pública em 1931 e constituição de 34 que colocava a educação como direito nacional , esse sistema entrou em colapso. A parcela antes excluída recebia a oportunidade uma vida melhor, era o começo de uma mudança que perduraria por décadas. Mesmo assim, o acesso dessa parcela ao ensino superior continuava difícil. Com esse entrave em questão, o governo federal criou o sistema de cotas, que em suma, reservava vagas em universidades para alunos negros, pardos e pobres. A medida mostrou-se eficaz, com número de pardos nas faculdades indo de 2,2% para 11% e o de negros de 1,8% para 8,8%, sendo ampliada através de outros programas como o FIES e o PROUNI, que possibilitavam a alunos, cotistas ou não, pleitearem um financiamento ou bolsa em alguma universidade particular. Esses sistemas de auxílio, abriram oportunidades de acesso ao nível acadêmico de um modo que o Brasil nunca vivera. Planeja-se que esse investimento traga um grande retorno ao solo nacional, através de novas tecnologias desenvolvidas pelos alunos, pesquisas em áreas importantes da economia nacional, como a agricultura, a indústria petrolífera, etc. Com esses atributos, atrai-se investimento externo e interno, criando um ciclo econômico-educacional em que o a economia e povo brasileiro seriam grandemente beneficiados. Porém, esses aparentes benefícios e melhoras proporcionados pelo sistema de cotas e financiamentos, tentam esconder e reparar de maneira rasa, um problema muito maior, o do péssimo sistema de educação público brasileiro. As cotas foram o único método encontrado, a curto prazo, de colocar os alunos de colégio público, negros e pardos, no mesmo nível de disputa que um aluno de colégio particular, que teve melhor preparo e maiores chances de ingresso no ensino superior. Os resultados são animadores, com as taxas de crescimento de alunos indo para as universidades, se formando e entrando no mercado de trabalho, mas infelizmente, não mostram a triste realidade, de que nossos alunos não estão verdadeiramente preparados para esse desafio. É preciso uma intervenção de duas vias, no ensino básico, precisamos aumentar salários de professores, incentiva-los a se aprofundarem em mestrados e doutorados, melhorar as condições dos colégios pelo país, os materiais e nível estudos. Mostrando aos alunos que a iniciativa por melhora, deve partir dele e não somente de um auxílio estatal. Juntamente a isso, precisamos colocar um prazo para o fim das cotas, para que as medidas citadas, sejam obrigadas a ser cumpridas em tempo. Assim, nivelaremos o nível educacional nacional, colocando o aluno hoje adepto de cotas em mesmo patamar de um aluno não cotista, criando um sistema justo, igualitário e ainda mais positivo para nosso Brasil.