Título da redação:

Medida imediatista

Proposta: As políticas públicas de incentivo à educação superior no contexto nacional

Redação enviada em 11/09/2016

O Brasil contemporâneo enfrenta, hodiernamente, uma série de impasses em diversos setores, sendo o principal deles a educação. Colégios públicos enfrentam péssimas condições, tornando a atual conjuntura cada vez mais preocupante, aumentando a discrepância ao acesso a uma educação apropriada. Desse modo, o Governo , para abrandar tamanha desigualdade gerada pelo sistema falho, decidiu criar uma série de projetos na tentativa de minimizar essa disparidade, mas sem ambições de melhorar o alicerce do sistema educativo. Diversas políticas públicas foram criadas, como a Lei de Cotas. Tal medida foi aplicada, pela primeira vez, pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro e, a partir de então, centenas de universidades adotaram essa atitude. Apesar de ter auxiliado na inclusão de alunos oriundos de escolas públicas, negros, pardos e indígenas – que sofreram duramente no passado ao serem marginalizados, oprimidos e explorados- no ensino superior, tal plano não deve ser adotado a longo prazo. A postura empregada pelo Poder Público é como um soro médico, afinal, este não trata as raízes do problema, mas apenas suas consequências. Logo, essa conduta deve ser tida como algo provisório, que não resolvem definitivamente as fontes reais da desigualdade existente no território brasileiro. Além disso, é necessário salientar que todo o conteúdo que deve ser repassado desde o ensino fundamental até o médio é de extrema importância para que os estudantes possam amadurecer e ter o conhecimento vital para encarar a vida universitária. Com um sistema com grandes déficits no campo educacional, não basta deter o problema com providências imediatistas e que não preparam suficientemente os indivíduos com uma base concreta a fim de disputarem as vagas em faculdades renomadas de maneira justa e igualitária. Outrossim, precisa-se destacar que, todo e qualquer ser humano, independente de cor, etnia ou religião, deve ter acesso a uma educação digna e de qualidade, assim como é assegurado pela Constituição vigente na terra tupiniquim e pelos Direitos Humanos. Entretanto, esse não é o cenário visto por grande parte dos brasileiros, afinal, crianças e jovens enfrentam, cotidianamente, problemas com o principal pilar que dá acesso às faculdades: o ensino básico. Mesmo com as cotas e outros recursos existentes, como o Prouni e o Sisu, para alcançar uma pontuação satisfatória para entrar no curso desejado é preciso que as escolas ofereçam maior suporte aos vestibulandos para que alcancem uma nota mínima, afinal, muitos, nem mesmo com as políticas de inclusão, conseguem alcançar esse patamar, o que por vezes agrava mais a situação. Dessa forma, é imprescindível que o Governo brasileiro forneça mais recursos financeiros aos municípios para a construção de mais creches e escolas com melhor infraestrutura e maior número de professores, concedendo uma boa educação desde a tenra idade para que, então, possa ir retirando de maneira gradativa as cotas, dando subsídio para que tais estudantes disputem as vagas de modo mais justo e democrático. Além disso, o Ministério da Educação deve realizar campanhas motivacionais, que fomentem a vontade dos alunos em adquirir cada vez mais conhecimento e os motivem a reivindicar por melhorias nos colégios quando necessário.