Oportunidades desiguais, sociedade desigual Atualmente, é possível notar os esforços governamentais feitos para aumentar o número de alunos matriculados nas instituições de ensino superior (ies), adotando projetos como o PROUNI, o SISU, os sistemas de cotas e o REUNI para atingir seu objetivo. Trabalhando, nesse sentido, para reduzir as disparidades sociais econômicos históricas entre os diferentes grupos étnicos no Brasil. É possível notar, antes de tudo, os avanços realizados quanto aos sistemas de seleção das universidades. Teoricamente meritocráticos, os processos de seleção elegiam os alunos mais bem preparados para ingressar tal meio acadêmico. Evidenciando, dessa forma, a importância do sistema de cotas como tentativa de igualar as chances dos candidatos de serem aprovados em um sistema que desconsidera a falta de oportunidades de certos candidatos – negros, pardos, estudantes de escolas públicas. Vale ressaltar, além disso, as consequências econômicas atribuídas à implantação de tais projetos. Segundo dados da Comissão de Direitos Civis dos Estados Unidos, após a adoção das cotas nas universidades houve aumento de 290% no número de negros na classe média, possibilitando maior movimentação econômica. A partir disso, destaca-se a importância da inserção de indivíduos menos privilegiados socialmente no ensino superior como mais uma ferramenta para a superação da crise. Nota-se, portanto, o quanto a adoção de tais projetos é importante para tornar a sociedade e a economia brasileiras menos desiguais. Para impulsionar tais avanços faz-se necessária a participação da mídia, divulgando os programas através de publicidades didáticas, explicando seus funcionamentos, objetivos e os benefícios que trazem à sociedade, e das escolas, realizando palestras e seminários de incentivo ao ingresso dos jovens em IES Públicas. Dessa forma, superaremos, enfim, os déficits deixados pelo nosso passado colonial.