Como medida para amenizar a história de preconceito e de discriminação social no Brasil, sendo a escravidão negra o que mais se destaca, o governo, através do Ministério da Educação - MEC - criou algumas políticas públicas a fim de promover o incentivo e a inclusão de um maior número de brasileiros na educação superior, como cotas, programas de financiamento e de bolsas de estudo, entre outras. Algumas análises realizadas pelo MEC entre 1997 e 2013, antes e depois da criação das cotas raciais, de fato, mostram uma melhora nas estatísticas feitas quanto ao ingresso de pessoas autodeclaradas negras ou pardas em faculdades públicas. Para a população mais pobre, além das cotas criadas para quem cursou o Ensino Médio em escolas públicas, novamente visando universidades estaduais e federais, há um incentivo financeiro para quem deseja cursar uma faculdade privada, são os chamados "programas de financiamento", como o Fundo de Financiamento Estudantil (FIES), e "bolsas de estudo", como o Programa Universidade para Todos (ProUni). Uma situação semelhante ocorreu no século passado nos Estados Unidos, durante os movimentos de reivindicação de direitos, na qual os negros também tiveram mais facilidade para realizar o Ensino Superior. Depois de duas décadas, o governo americano percebeu que o que resolveria realmente o déficit educacional do país seria uma mudança na forma de ensino e de cobrança das escolas, igualando-as. Feito isso, podemos admitir que os pais podem escolher matricular seus filhos tanto em escolas particulares como em públicas, que a diferença seria mínima. Sendo assim, a criação de cotas e de programas não podem ser consideradas um incentivo para uma melhora no quadro social brasileiro. Para isso, as autoridades competentes devem qualificar o ensino nas escolas públicas, principalmente o Ensino Fundamental, através da valorização dos professores e da melhora da infraestrutura. As escolas, por sua vez, devem educar os alunos desde a infância, por meio de brincadeiras coletivas, a respeitarem todas as pessoas independente de sua cor ou classe financeira. Só assim podemos promover a superação de nosso passado e a inclusão social de todos os brasileiros.