É notório que no Brasil, país que obtém a maioria de sua população descendente de negros, as cotas não são aceitas por toda a população, causando descontentamento e repúdio até mesmo em afro-descendentes que classificam o método de ingresso como racista , separatista menosprezador. Inicialmente é preciso entender quais os fatores e quais estatísticas ditam o sistema de cotas como válido e necessário para para o ingresso de estudantes que se declaram parte do grupo beneficiado pelo programa. No período em que a lei Áurea foi promulgada os negros libertos da escravidão não receberam nenhum tipo de auxílio para entrada no mercado de trabalho ou no Ensino Básico/Superior, continuando assim com a forte discrepância entre as etnias e criando assim as favelas, locais onde apenas aqueles que precisavam morar perto de seus patrões, mas por realizarem tarefas semi-escravas não podiam arcas com as despesas de morar na cidade. De geração em geração a pobreza e a dificuldade dos descendestes de escravos aderirem a qual quer tipo de ensino foi se estendendo até o século XXI. No ano de 2001, segundo o IBGE, a população era formada por 53% de negros e apenas 10% destes cursavam o ensino superior. Com a implementação do sistema de cotas este número passou a 40% em 2011, dados que comprovam o quanto a política de cotas vem contribuindo para a igualdade racial dentro das universidades. Após a análise do processo histórico e dos dados apresentado, fica evidente o quão necessário foi e continua sendo este reparo histórico por meio das cotas raciais, mesmo que mínimo e longe de ser perfeito.Porém ainda vê-se necessária a conscientização da população que em parte condena o uso de cotas. Fator que pode ser resolvido com simples inserção de aulas da história e cultura negra nas escolas.