Após a criação e implementação dos programas que visam o acesso ao ensino superior, principalmente, por meio das cotas, surgiram opiniões divergentes e convergentes ao redor da nação. Entretanto, para se obter uma visão objetiva em relação à política governamental é necessária uma avaliação pormenorizada sobre o sistema educacional brasileiro. Há anos, a população luta por uma educação digna e de qualidade, no entanto, percebe-se que ocorreram apenas poucas alterações, visto que a prioridade dos recursos públicos é satisfazer os desejos dos “marajás” em detrimento do avanço pedagógico no país. Sem dúvida, é essencial a presença daqueles menos favorecidos nas Universidades Públicas, mas o foco deve ser direcionado ao ensino em geral, não apenas em nível superior. Qual será a perspectiva de um estudante ao adentrar numa Instituição e se deparar com uma deficiência que não foi suprida ao longo de sua formação nos ensinos fundamental e médio? Esta dificuldade, provavelmente, o conduzirá a renúncia de seu curso superior. Por isso, sabe-se o quão importante é a inserção de um cidadão oriundo de família assalariada nas Universidades públicas, porém ele não pode ser “jogado” no meio acadêmico, até a sua meta ser atingida é indispensável que sejam concluídas, corretamente, todas as etapas anteriores, pois estas serão suas bases que o sustentarão neste novo caminho.