"A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo", afirmou Nelson Mandela, ex-presidente da África do Sul e ícone na luta pelos direitos dos negros . Á partir da análise dessa premissa, constata-se que a educação é a base de uma sociedade e cujo acesso deveria ser universalizado, independente de raça, origem ou classe social. Com o objetivo de corrigir injustiças históricas provocadas principalmente pela escravidão, o governo brasileiro criou sistema de cotas. Esse consiste na reserva de vagas em universidades para estudantes oriundos de escolas públicas, com baixa renda e cuja raça seja negra, parda ou indígena. Essa medida-que deveria ser paliativa-, já dura 4 anos e não dá sinais de término. Hoje, as universidades já têm obrigação de disponibilizar 50% de suas vagas para as cotas sociais e raciais e a discrepância das notas desses alunos com os da ampla concorrência já chega a quase 100 pontos em alguns cursos. Essa situação demonstra a ineficiência do sistema educacional brasileiro e da lei de cotas, que, buscando universalizar o acesso ao ensino superior, acaba por enfatizar ainda mais os preconceitos já existentes na sociedade. Diante dessa perspectiva, infere-se, portanto, que algumas medidas devem ser tomadas com o objetivo de mudar o panorama atual da educação no Brasil. O Poder Público deve investir em uma educação básica de qualidade, de modo que qualquer pessoa seja capaz de ingressar no ensino superior, independente de cotas. As universidades, por sua vez, devem criar campanhas que incentivem o aluno à se dedicar aos estudos desde o ensino fundamental, como considerar o desempenho escolar nas notas de corte dos cursos, e o próprio estudante tem o dever de corresponder à tais incentivos. Dessa forma, torna-se exequível o avanço da educação e indubitável o consequente desenvolvimento das esferas econômica e social do país.