Título da redação:

Conquistas ampliadoras de futuro

Proposta: As políticas públicas de incentivo à educação superior no contexto nacional

Redação enviada em 30/08/2016

De qualidade básica e caráter excludente, o primeiro conceito de educação chegou ao Brasil ainda no período colonial. Os jesuítas catequizavam e ensinavam um básico acultural aos escravos (índios e negros), enquanto os filhos dos colonizadores se formavam na Europa. Com a Constituição de 1988, a educação passou a ser um direito de todos e dever do Estado, ganhando mais destaque, abrangendo aqueles que outrora eram tidos como “os seres sem alma”. Depois de tanto tempo sendo destinada apenas aos homens da elite colonial, a educação passou a ser direito constitucional. Tal fato consagrou o sonho de muitos brasileiros de ter uma graduação. Entretanto, mazelas atemporais continuaram dificultando os ideais de muitos sonhadores, em sua maioria negros, pardos e de classe média baixa. Com isso, foram criadas ações afirmativas temporárias, visando eliminar as desigualdades históricas e auxiliar os favorecidos a começar sua graduação. Porém, tal medida não foi bem recebida por grande parte dos concorrentes. Apesar de nascer com a finalidade de aliviar as desigualdades, as cotas foram encaradas de maneira ligeiramente contrária. Muitos estudantes, beneficiados ou não, defendem que tal ação afirmativa acentua as diferenças seculares e diminui a capacidade dos cotistas. Uma vez que tais medidas são apenas paliativas, atuando em curto prazo, essas dependem de outras iniciativas para se tornarem completas. Sendo o ensino de base um dos maiores déficits do Brasil atual, o desafio em melhorar a educação deveria começar por ele e se complementar na hora de ingressar na universidade. Portanto, fica evidente que o conceito de cotas deve ser trabalhado a partir dos investimentos na educação. Dessa forma, é preciso que o governo amplie os investimentos no ensino de base, aperfeiçoando a rede pública e qualificando os professores. Também é necessário que a mídia, aliada ao Ministério da Educação, lance campanhas enaltecendo a importância dos direitos estudantis já alcançados além de incentivar os jovens a estudar sempre mais, para moldar um futuro em que a educação seja sinônimo de melhorias e não de minorias.