As instituições de ensino superior adotaram na última década um sistema o qual gerou, e ainda gera, grande polêmica,principalmente entre os estudantes, devido as suas incertezas nas formas de aplicação.As cotas raciais realmente funcionam como deveriam? São elas injustas perante aos outros candidatos? Esse sistema teve início nos Estados Unidos, no ano de 1960.As similaridades históricas entre este país e o Brasil pode ser indicativa do porquê desse método ter sido aplicado nas universidades brasileiras.Como a região sul do país norte americano, o colonialismo dos portugueses foi pautado pela escravização dos afrodescendentes e dos indígenas, estes últimos principalmente na América espanhola. Filosoficamente, as cotas seriam um disparate, visto que os seres humanos são iguais em níveis biológicos.Porém, ideologicamente, é inegável a presença da discriminação racial durante toda a construção histórica.Basta analisar e comparar a quantidade de negros e brancos nas regiões mais desprovidas das cidades.Os índices demonstram que a partir do estabelecimento das normas cotistas, o número de negros ,pardos e indígenas aumentou consideravelmente nas instituições de ensino superior, portanto, sendo justo ou não, algo está sendo feito para beneficiar essas descendências marginalizadas. Além disso, é interessante questionar o quê é mais injusto, a existência de políticas incentivadoras ou deixar milhares de pessoas sem o acesso a educação em prol da "justiça" de uma minoria.Afinal, as cotas não servem apenas para questões raciais, mas para estudantes de escolas públicas com rendas precárias.A necessidade de se criar tal método de ingresso nas faculdades, foi devido a falta de acesso pelas demais pessoas. Portanto,de acordo com as estatísticas, a curto e médio prazo as cotas estão funcionando como deveriam, apesar das formas polêmicas de se confirmar a autenticidade dos testes de comprovação racial,não muito precisos e os quais deveriam receber maior cautela por parte dos fiscais.Para futuramente sanar esses entraves de grande alarde, seria indispensável a melhoria dos setores básicos da educação, através da construção de escolas em regiões afastadas, usufruir dos meios tecnológicos os quais abrangem uma gama de informações de fácil acesso, incentivar os professores para trabalharem em locais distantes, com o conseguinte reajuste salarial destes.Nivelado a educação básica de todos os brasileiros, as políticas de incentivos poderiam ser extinguidas.A busca inalcançável da utopia é o que faz o país chegar mais perto dela.