A atual crise econômica no Brasil teve início em meados de 2014 e uma de suas consequências foi a forte recessão econômica. Desse modo, com a crise, houve o aumento do desemprego, que teve seu auge em 2017 e, de acordo com o Instituto de Geografia e Estatística (IBGE), atingiu uma taxa de 13,7% (14 milhões de pessoas). Assim, as configurações do mercado de trabalho têm se modificado e as pessoas se adaptaram às mudanças, tornando-se empreendedores ou passando para a informalidade. Analisando o funcionamento do mercado de trabalho numa perspectiva histórica, observa-se que ele sempre esteve submetido ao comportamento geral da estrutura produtiva, a qual se transforma e também transformada por fatores estruturais e conjunturais. Nesse sentido, algumas pessoas desempregadas tomaram a iniciativa de abrir um negócio próprio, tornando-se empreendedores. Contudo, as dificuldades em manter a empresa em longo prazo, principalmente pelos altos tributos, é o que demonstra dados do IBGE sobre o fechamento de cerca de 720 mil empresas no Brasil em 2016. Outrossim, a aprovação da Reforma Trabalhista em 2017, trouxe profundas modificações da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) desde sua criação em 1943. Porém, a promessa de geração de mais emprego e redução da informalidade que viriam com a reforma, revelou insucesso. Segundo o IBGE, a taxa de empregados sem carteira assinada subiu de 11,2% para 12,1% da população economicamente ativa. Mas, embora a informalidade seja a única saída para muitas pessoas, a desvantagem está em trabalhar sem renda fixa e sem direitos garantidos pela CLT. Logo, esses indivíduos ficam vulneráveis a essa instabilidade. Diante do exposto, percebe-se o quanto a crise econômica afetou a conformação do mercado de trabalho, aumentando, ao mesmo tempo, o empreendedorismo e a informalidade. Para mudar essa conjuntura, o Governo Federal deve reduzir a tributação de médias e pequenas empresas, a fim de incentivar o crescimento delas. Ainda, é preciso que o Ministério do Trabalho associado a empresas criem vagas de empregos e disponibilizem cursos profissionalizantes, para minimizar a informalidade. Dessa maneira, será possível vislumbrar um futuro com pleno emprego aos cidadãos brasileiros.