Diante de acontecimentos como o ataque ao jornal francês Charlie, paira sobre a contemporaneidade o debate sobre as consequências do excesso das liberdade de expressão. Nesse sentido, deve ser estabelecido um limite para tal termo, visto que só assim é possível dar continuidade ao Estado civil frente aos desafios impostos pelas tecnologias. O mundo vive uma onda de ataques que desrespeitam os dereitos estabelecidos no Estado civil, o que pode evidenciado pelo recente atentado sofrido pelo presidenciável Jair Bolsonaro que é tido como um grande intolerante. A liberdade absoluta não corresponde ao bom convívio social segundo John Locke, principal filósofo fundador do Estado Civil. Portanto, deve ser delimitada uma área máxima à exposição do pensamento alheio possuidor de potencial degenerativo para com a sociedade, visando o bem estar dos que sofrem tais agressões e, também, dos que podem ser supostos agressores como no caso do Bolsonaro. Outrossim, a internet surge como um grande problema, visto que possilita a expansão de novas formas de infração dos direitos pessoais de cada indivíduo. Tal fato tem como causa o anônimato, uma ferramenta que nas redes sociais compactua com a impunibilidade. Logo, mais uma vez é evidenciada a importância do limite acerca da liberdade, visando que a justiça e a própia sociedade tenham critérios objetivos para poderem punir e criminalizar o invivíduo que hostilize o seu companheiro ou adversário seja na internet seja na internet, seja nas ruas. Para que se faça valer a liberdade de expressão sem que haja dano a quaisquer terceiros, portanto, faz-se necessário que o setor privado desconfigure a ferramenta do anônimato, a qual ameaça o convívio social, e existe a necessidade da implementação de um currículo escolar que, através de gincanas, palestras e em aulas com debates, axilie no abastecimento da consciência referente à pluralidade de ideias, desde o ginásio até a saída do colégio, a fim de atingir o nível de sobriedade e respeito onde todos possam ter assegurados o respeito a própia opinião em uma sociedade mais próxima da ideal.