O surgimento das redes sociais (facebook, instagram, etc.) tornou os usuários obcecados pela busca de uma imagem pessoal perfeita. O importante, para eles, é se destacarem e terem seus perfis online vistos por todos. No entanto, este fenômeno mascara as frustrações cotidianas dos indivíduos que utilizam tais mídias, levando-os a uma constante comparação de suas vidas pessoais com as alheias e conduzindo-os a episódios depressivos. Na mitologia grega, Narciso apaixona-se tão fortemente por sua figura espelhada em um lago que, ao ir de encontro a ela, acaba se afogando. De forma semelhante, as mídias sociais têm direcionado o comportamento de seus clientes no sentido de almejarem um modelo perfeito de imagem. Todavia, segundo estudos publicados pela revista "Time", aqueles que utilizam "instagram" por mais de 4 horas diárias têm risco maior de desenvolverem depressão. Isso porque, ao dispensarem tanto tempo nessas redes, o indivíduo percebe os defeitos em sua própria vida e deprime-se. Diante do contexto, este relacionamento com esses sites e aplicativos prejudica a saúde mental de quem faz uso deles, ao incentivarem uma busca desenfreada por um ideal inexistente. Na análise sociológica de Zygmunt Bauman, as relações humanas ganharam fluidez e o sujeito converte-se em um ser sem personalidade definida. Nessa perspectiva, a principal consequência desse fenômeno é a perda da identidade: a pessoa deixa de ser quem é na tentativa de ser outra mais idealizada. Diante do exposto, cabe à sociedade resolver esse inercial problema, mudando sua relação com as redes sociais e dedicando menos tempo a elas, por meio de um uso consciente e racional dessas mídias (utilizando-as para fins de trabalho, relacionamento interpessoal, etc.), a fim de evitarem comparações e frustrações. Dessa forma, consegue-se um mundo melhor.