É verídico, que quando se está gripado, praticar exercícios físicos de alta intensidade incita os sintomas da gripe, consequentes principalmente do alto gasto energético demandado pela atividade. Em analogia, pode-se dizer que a busca pela perfeição sempre esteve presente na sociedade, porém essa procura é impulsionada, no século XXI, pela intensa presença midiática, resultante de uma era tecnológica e informacional. Assim, por a busca pelo perfeito, majoritariamente, já não ser algo saudável, a Mídia por estimular esse processo, torna a problemática mais agravante. Primeiramente, as redes sociais, as mais influentes dentro da internet, se tornaram um fato social, caracterizado por Émile Durkheim, fundador da sociologia, como exterior, geral e coercitivo. Explicitando-se: possuir uma conta, seja no Facebook, seja no seja WhatsApp, se tornou obrigatório, ou exterior, na sociedade, para o geral, com consequências negativas caso a pessoa não se enquadre, como a falta de comunicação com determinadas pessoas ou empresas, porque essas somente utilizam esse meios, coercitivo. Porém, a divergência se encontra na propagação nesses meios, pelos próprios usuários, de falsas felicidades, as quais se tornaram também um fato social, que determina a forma de agir, pensar e sentir do indivíduo. Logo, por ser grande parte das publicações uma mentira, consequente de um ciclo vicioso influenciado pelo fato social e que é veiculada no meio de uma necessidade, traz como resultados doenças psíquicas, exemplificadas pela depressão e ansiedade, consequências de não serem ou possuírem aquilo que é definido pelo parâmetro midiático da perfeição. O segundo fator presente na Mídia, impulsionador máximo do problema, é a cultura do consumismo, a qual infiltra-se na sociedade através de propagandas, sendo essas diretas ou indiretas. As apelações, características da publicidade, reproduzem, majoritariamente, mensagens de que ao comprar determinado produto, viagem ou tratamento o comprador receberá em troca a perfeição, satisfação e felicidade. E esse realmente recebe, porém com uma efêmera duração, acontecimento que está em conformidade com os dizeres de Zygumnt Bauman, quando esse explicita em sua frase: "Vivemos em tempos líquidos. Nada foi feito para durar". Assim, por não se manterem felizes ou perfeitos aderindo ao consumismo, se frustam e se tornam mais doentes. Diante do fato mencionados, é improrrogável que a Mídia realize propagandas saudáveis, ou seja, transmita para a população mensagens de incentivo á prática de uma alimentação correta, de exercícios físicos e de cuidado com a saúde mental, por intermédio de todos os meios de comunicação, como as redes sociais, a fim de que as pessoas realmente se sintam bem e felizes consigo mesmas. É necessário também a prática da divulgação pela Mídia do consumo consciente, pois esse será benéfico tanto para as consequências da ilusão, quanto para o meio ambiente, por meio de palestra e propagandas, para que seja melhorado o quesito consumismo. Desarte, com a adoção dessas propostas será possível amenizar as influências, que hoje estão enraizadas devido ao fato social e ao consumismo, da mídia que incita os indíviuos a buscarem a perfeição.