Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: As mídias sociais como impulsionadoras da busca pela perfeição

Redação enviada em 11/09/2018

A busca pela perfeição é algo historicamente presente na sociedade. Na literatura parnasiana, no século XIX, já se observava traços desse ideal humano, nesse caso, pela palavra perfeita. Atualmente, o quadro é outro, urge um anseio social agora pertinente a uma vida plena, fato incentivado pela mídia, por meio do marketing, e que contribui para uma vida de insatisfação Em primeira análise, observa-se que o marketing é a ferramenta fundamental desse processo. Isso acontece porque por meio dele é possível estabelecer um ideal de felicidade que só será alcançado a partir da compra de um produto ou serviço. Tal fato faz com que haja sempre uma procura pela vida perfeita que se encaixe nos padrões expostos na mídia, sobretudo, nas redes de grande público , como o instagram e o facebook. Um exemplo dessa realidade são os digitais influencers, pessoas que divulgam diariamente sua rotina "ideal", a qual é patrocinada e tem a intenção de aumentar o número de consumidores das marcas financiadoras. Pontua-se, ainda, que a consequência direta desse problema se perfaz na insatisfação pessoal. Isso se dá porque a felicidade e satisfação pessoal dos indivíduos ficam condicionados à bens materiais. Segundo informações apresentadas pelo Datafolha, em uma pesquisa sobre metas e projetos a serem alcançados em 2018, mais de 65% dos entrevistados tiveram suas respostas atrelada a bens de consumo.Com efeito, a lógica das grandes empresas de propagandear e vender seus produtos acaba sendo elemento definidor de uma vida ideal aos olhos da sociedade. Depreende-se, assim, a necessidade de reparar a influência negativa que as redes midiáticas possuem sobre os indivíduos. Para tanto, é necessário que o Governo Federal, por meio do poder legislativo, discuta e implemente uma lei a qual assegure propagandas que exponham somente a utilidade do produto ou serviço sem transformá-lo, com o marketing excessivo, em ideal de vida. Assim, os indivíduos passarão a adquirir bens que realmente necessitam e não condicionarão sua felicidade a eles. Além disso, é imprescindível, também, que o Ministério da Educação distribua, nas escolas, cartilhas e gibis educativos que versem sobre a importância de entender que a satisfação pessoal deve existir sem o materialismo. Isso deve ser feito por meio de personagens que demostrem felicidade, por exemplo, com demonstração de afeto e alteridade. Dessa maneira, a educação assumirá um caráter prático para ajudar as pessoas, como afirmava o Estado Positivista de Augusto Comte.