Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: As mídias sociais como impulsionadoras da busca pela perfeição

Redação enviada em 10/09/2018

A globalização ampliou os canais de conexão entre os públicos de diferentes áreas do planeta. Além disso, também possibilitou a esteriotipação do modo de vida e o corpo por meio da influência das mídias sociais, que deixam visíveis o padrão de beleza de acordo com as postagens de influenciadores digitais. Dessa forma, como dizia Bohm “O padrão estético de beleza atual, perseguido pelas mulheres, é representado imageticamente pelas modelos esquálidas das passarelas”, logo, os brasileiros, não satisfeitos com seu corpo e vida, buscam maneiras de mudar sua realidade, por meio de cirurgias plásticas e a falsa riqueza. Diante disso, é importante discutir a atuação das mídias sociais na sociedade e a influência da indústria de beleza na população. Conforme ocorrera a globalização, marcas como a Chanel se tornaram conhecidas por todo o planeta e são valorizadas pelos seus produtos de qualidade. Hodiernamente, a influência de grandes marcas na sociedade tem como consequência o surgimento das mídias sociais. Ou seja, os bloggers são precursores da busca pelo uso de roupas e assessórios de marca e o corpo perfeito, pois os influenciadores digitais usam as redes sociais para mostrar o alto padrão de vida e a busca incessante pelo corpo ideal, por meio de academias, viagens, compras e cirurgias. Isso refletiu no caso da paciente que morreu por um trabalho estético, feito pelo Doutor Bumbum. Sendo assim, o procedimento, que tem um custo alto, foi barateado pelo médico, o que resultou na busca da paciente pelo doutor. Por consequência, a influência da mídia leva a população, que não se sente representada, a procurar por procedimentos para a mudança de características e, mesmo sem condições financeiras, encontram meio de satisfazer a busca pela perfeição, o que, no pior dos casos, resulta no óbito. Ademais, o documentário “Mulheres Brasileiras do Ícone Midiático a Realidade” aborda o cenário de mulheres que não se sentem representadas pela mídia e buscam pela democratização da comunicação, visto que a variabilidade de etnia no brasil não condiz com o padrão de mulheres brancas, magras e loiras mostradas em comerciais e novelas. Com isso, influenciadoras, como a Ellora Haonne, transparece para a população a realidade por trás das câmeras, e mostra que os corpos e a vida perfeita não são reais. Isso ocorre por meio de vídeos feitos pela blogueira, que aconselha a aceitação e a valorização da grande massa de mulheres brasileiras que não são representadas pelas mídias sociais. Desse modo, a intervenção da população, mediante a abordagem da mídia, previne a obsessão pela forma física, e minimiza os danos causados pela indústria de beleza. Dessa maneira, a mídia é pressionada para representar, diante das câmeras, o real corpo da mulher brasileira, o que refletirá na aceitação da estrutura própria de cada indivíduo, por causa da representação desse público nas novelas, revistas e comerciais. Torna-se evidente, portanto, que a população brasileira não é representada pela mídia e, com um padrão de beleza, buscam se encaixar na falsa normalidade imposta. Assim, é necessário que haja uma seletividade no meios de comunicação, com o objetivo de mostrar à população as reais condições de vida e corpo, vedando o poder e influência da indústria de beleza na sociedade. Isso ocorrerá por meio de palestras e comerciais, feitos pela prefeitura de cada cidade, com pessoas que tiveram experiências negativas com a influência da mídia em sua vida, com o objetivo de mostrar os perigos por trás de uma postagem. Nesse contexto, casos de pacientes mortas ao fazer procedimentos em busca do corpo perfeito serão minimizados, e a saúde física e mental da sociedade será prevenida.