O surgimento da internet permitiu que a sociedade se remoldasse, criando novos hábitos de cultura, consumo e relacionamento. E o novo ambiente criado pelas redes sociais, elogiado por permitir uma maior difusão de ideias e valores, tornou-se um grande problema, especialmente em função do seu uso sem qualquer restrição. A massificação das mídias a partir dos anos de 1980 e o advento da internet acompanhado das redes sociais promoveram uma verdadeira revolução na vida cotidiana das sociedades. E apesar de inicialmente mostrar-se como algo demasiadamente benéfico e proveitoso, a crescente exposição as mídias sociais em conjunto com a idealização de uma suposta vida perfeita, mostrou-se alvo de grande preocupação especialmente por envolver adolescentes. É crescente a intensidade com que jovens se conectam a internet diariamente, e o intenso culto ao corpo atrelado a constante difusão de imagens gera um estereótipo de perfeição de vida e forma física, e a busca desenfreada pela beleza perfeita tem sido a maior responsável pelo assassinato da auto estima, principalmente das meninas. Longe de se pensar as redes sociais como algo utópico ou totalmente livre, a perfeição vendida através dessas mídias impulsiona o consumo desenfreado de roupas, cosméticos e fármacos. Propagandas passam o tempo todo tentando vender o que não está nas prateleiras: sucesso e felicidade. E a violação de direitos causada por esta é responsável pela dilaceração da juventude, pela perda do prazer de viver e pela constante insatisfação. A incapacidade de pensar de forma coerente, admitindo e aceitando que por trás de fotos muito produzidas nas redes há pessoas normais, fazem com que o público mais atingido seja o jovem, justamente pela vulnerabilidade e inaptidão em separar o real do virtual. Sendo assim, é fundamental lidar de forma social aplicando esforços em prol da resolução do problema. É necessário levantar o debate sobre a questão e desenvolver pesquisas que ajudem a compreender como acabar com essa competição sem fundamento nas mídias, em especial limitando o acesso a estas e filtrando conteúdo. Também é essencial ouvir e compreender a juventude, transmitindo valores e conscientizando indivíduos em relação a exposição desmedida nas redes, afim de agir na profilaxia do problema.