A mídia social assume a posição de pilar do capitalismo, ideologia que defende a propagação do consumismo para a geração de capital exacerbado. A tendência ao consumo em demasia é mantida pela necessidade de possuir valor, no sentido material, para a construção de um status idealizado pela sociedade, em que é mais vantajoso ter que ser. Consumir em excesso anestesia a alma e as necessidades do espírito. A Filosofia Epicurista nega o prazer momentâneo que gerará sofrimento duradouro. Ou seja, é preferível possuir uma vida modesta desprovida de status a viver sentimentos ilusórios, felicidade atribuída a bens e auto definir-se como uma pessoa vazia, que apesar de possuir riquezas materiais é pobre de valores reais tais quais respeito, tolerância e sabedoria. Em razão da globalização, observa-se uma homogeneização de hábitos e pensamentos. Diferenciar-se de determinado padrão estético ou financeiro é motivo para estar sujeito a preconceitos. O público-alvo da coerção exercida pelos ideais de perfeição são jovens, em geral mulheres que segundo a ONG inglesa Girlguinding possuem entre 11 e 21 anos. As consequências da busca desenfreada pela perfeição são reflexos negativos na saúde física e mental. Por exemplo, bulimia, anorexia, depressão e ansiedade. É necessário uma mudança de postura em relação as mídias sociais par que a felicidade e a estabilidade emocional sejam o padrão de perfeição, reduzindo assim os casos de ansiedade, depressão e em casos mais extremos, automutilação. O mecanismo em questão não é falho. O erro está no manuseio errado da internet.