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Redação sem título.

Proposta: As mídias sociais como impulsionadoras da busca pela perfeição

Redação enviada em 04/09/2018

Desde o período da “Belle Époque”, as mídias sociais vigientes foram evoluindo e trazendo consigo o afloramento da pulsão perfeccionista nas pessoas ali inseridas. Seja por meio de fotos em redes sociais, publicidade televisiva ou revistas, uma “fôrma” de beleza em que é necessário se enquadrar desperta o consumismo desenfreado e uma insatisfação pessoal enorme. Nos brasileiros, principalmente, as mídias têm sido bastante influentes na busca doentia por autopromoção. Aristóteles, em seu discurso sobre a virtude, diz ser ela o justo meio entre a falta e o excesso. Entretanto, em um panorama evolutivo da informação e da beleza, é notável que o extremismo é posto como ideal de perfeição. Com isso, o desespero e os transtornos psíquicos em jovens que tentam se assemelhar a padrões como Audrey Hepburn, Gisele Bündchen ou Rodrigo Hilbert impostos por veículos sociais e comerciais, que partem desde Vogue até o atual Instagram, cresce exponencialmente. Assim, fica evidente a falta de uma postura analítica ao inserido nas mídias sociais para perceber a problemática em torno da adequação a um extremo como modo de vida simplesmente para obter maior aceitação social em detrimento da detenção de posses - viagens, roupas e afins- e de uma beleza quase inatingível. Outrossim, as mídias sociais utilizam-se também do ideal de felicidade (ou “eudaimonia”, como era retratada na Grécia Antiga) como modo perpétuo de viver. Com tal ideologia, os cidadãos não se compreendem quando têm suas emoções osciladas - para o desconforto, frustração ou tristeza -, como qualquer ser humano comum e, por isso, passam por um choque grotesco quando se vêem vazios e não viventes da utopia que a mídia os fez idealizar. Dessa forma, cruelmente, as mídias sociais impulsionam a população a consumir massivamente para atingirem um inexistente e imaginário estado “eudaimonico”. Sob tal ótica, é evidente que as mídias sociais são responsáveis pelas consequências advindas da prejudicial busca pela utopia; perfeição. Assim, cabe ao MEC implementar palestras com psicólogos e especialistas sobre a necessidade prática de um consumo mais analítico e dotado de bom senso. Concomitantemente, o Governo Federal, com parte da renda da Receita, deve incentivar emissoras a transmitirem publicidade que incentive a autoaceitação e mostre as diversas nuances de uma beleza variada e rica, como é comum no Brasil. Dessarte, com a união entre povo, poder público e educação, as consequências da incessante busca pela perfeição seriam reduzidas ou até mitigadas.