Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: As mídias sociais como impulsionadoras da busca pela perfeição

Redação enviada em 04/09/2018

Segundo Zygmunt Bauman, a falta de solidez nas relações sociais, políticas e econômicas é característica da “modernidade líquida”, vivenciada durante o século XX. Analisando o pensamento do sociólogo polonês, essa realidade imediata perpetuasse com a influência das mídias sociais sobre os indivíduos e, em detrimento da busca pela perfeição, efetiva-se como um dos maiores desafios a ser enfrentado de forma organizada e urgente pela contemporaneidade. Nesse sentido, convém analisar as principais causas consequências e possíveis soluções para esse impasse. Primordialmente, é indubitável que aspectos socioeconômicos estejam entre as causas da problemática. De acordo com estudos históricos, após o fim da Guerra Fria, em meados de 1991, o capitalismo foi estabelecido como modelo econômico majoritário. Com isso, houve a procura desenfreada por novas tecnologias, pelos países, e a adoção da postura consumista por parte dos cidadãos. Nesse contexto, foram surgindo várias mídias sociais que fizeram com que pessoas passassem a seguir aquilo considerado como bem-sucedido e cada vez mais almejem a perfeição em fotos e/ou vídeos. Dessa forma, muitos acabam expondo o que não é real apenas para satisfazer e/ou adquirir seguidores nas redes sociais e com isso, tornando-se pessoas ficcionais. Outrossim, destaca-se a falta de socialização como decorrência do problema. Segundo Bauman, os meios de comunicação atuais estão prejudicando as habilidades sociais dos indivíduos, uma vez que nesses ambientes elas não se fazem necessárias. A partir desse ponto de vista, pelo fato de se passar boa parte do tempo na busca pelo considerado ideal, ou seja, vivendo em virtude das mídias, muitos acabam não criando laços de amizade sólidos e, consequentemente, desenvolvendo possíveis distúrbios: depressão, síndromes, dentre outras consequências pejorativas. Tendo em vista os argumentos supracitados, averígua-se que os efeitos das mídias sociais sobre as pessoas acarretam malefícios, cabendo ao coletivo buscar formas de mitigá-los. Desse modo, é notório que a busca pela beleza vigente, impulsionada pelas mídias sociais, necessita de soluções. Portanto, cabe ao Ministério da Educação, por meio de palestras e/ou projetos em escolas e demais locais de acesso ao público, administrados por órgãos públicos ou privados, instigar na sociedade um pensamento contrário ao consumismo e a procura desenfreada pelo ideal, objetivando a construção de pessoas que saibam interagir em meio ao social e que contribuam para o fortalecimento da nação em relação aos vínculos de amizades. Concerna às famílias, mediante uma boa educação dialética, formar jovens que não sejam submissos ao padrão de perfeição, para que as próximas gerações sejam alheias as decorrências da busca pelo sublime. Assim, será possível a formação de uma nação que não se prenda aos padrões estabelecidos pelas mídias sociais, de modo que se desenhe um futuro melhor.