O sorriso é um reação fisiológica espontânea, ou não, que demonstra o sentimento de felicidade, ou não...Ele esta estampado nas redes sociais. No entanto, não significa que os internautas os quais postam fotos "felizes" sentem-se realmente desse modo, uma vez que esse mundo de aparências traz consigo a necessidade de que os indivíduos se enquadrem em um padrão de vida inalcançável, um padrão de imagens. Sob este viés, é preciso considerar, primeiramente, as características inerentes da realidade. Segundo o sociólogo Zigmunt Bauman, vivemos em uma modernidade líquida na qual o futuro é incerto e nebuloso. Assim, os seres humanos tem fixado suas expectativas no presente e, também, tentado demonstrar isso nas redes sociais. Mesmo que o demonstrado não ocorra de fato. Com isso, o Homo sapiens moderno e "cheio de circuitos" difunde um ideal no qual há uma felicidade extrema(mesmo que apenas virtualmente) que tende a ser imitada. De outra parte, essa mimetização constante traz à tona a dificuldade do indivíduo do século XXI em realizar-se. De acordo com o pensamento do filosofo A. Schopenhauer, o homem, que coloca suas vontades em primeiro lugar, está na busca constante pela saciedade e, caso conseguisse(saciar-se), sobraria apenas o tédio. Assim, com bilhões de conteúdos sendo compartilhados à cada segundo cresce também a dificuldade de discernir o que é real ou não. Com isso, o ser humano caracterizado por sua imperfeição aprofunda-se em um busca infindável pela perfeição. Afinal, ele não irá encontrar saciedade ao tentar realizar ações difundidas em redes social como Facebook e Instagram. Diante dos argumentos supracitados, torna-se necessário a mitigação do impacto desse mundo fake virtual nas vidas dos cidadães e das próximas gerações. Para isso, o Poder Público, deve instaurar na rede de ensino a obrigatoriedade de aulas que ensinem o acadêmico a como viver em rede sem que seu modo de vida seja afetado de maneira brutal por ela, ou seja, reconhecer padrões e noticias falsas ou qualquer tipo de postagem que tenha potencial de afetar o comportamento normal dos infantes. Além disso, a mídia televisiva pode cumprir se papel social e elaborar telenovelas e minisséries que problematizem os danos da vida em rede. Ademais, esses programas televisivos devem retratar que as pessoas de classes sociais mais baixas não tem recurso disponíveis para ostentar a vida demonstrada em ambientes virtuais por atores e socialites. Talvez assim, o ser humano possa navegar com harmonia no ambiente sem que cresça o sentimento de inferioridade com relação à outrem.