Título da redação:

Perfeccionismo midiático

Proposta: As mídias sociais como impulsionadoras da busca pela perfeição

Redação enviada em 20/09/2018

Para Pitágoras, famoso filósofo Grego, a perfeição era tangível ao ser humano através do exponencial acréscimo do conhecimento dos números através da matemática. No entanto, com o desenvolvimento tecnológico e das mídias sociais, houve uma expansão das características que regeriam a altives humana, não mais intelectuais, porém morais, éticos e consumistas atreves de modelos muitos das vezes inalcançáveis por grande parte da sociedade. A fotografia como elemento artístico se tornou contemporaneamente um produto que induz o ser humano ao desejo de consumir, como defendido por Adorno no livro; a dialética do esclarecimento. Sendo assim, redes midiáticas baseadas na exposição de imagens também propagam valores que não são necessariamente voluntários e comuns à sociedade, como exemplificado nas matérias da Revista Veja que apontavam inúmeras pessoas que se frustravam buscando padrões financeiros, artísticos e de vestimenta superiores as suas realidades, que sem sucesso, acabou levando-as, infelizmente, a até mesmo cometer suicídio. Alem disso, existe a possibilidade de jovens se voltarem para o crime, depressão e quadros de ansiedade, visto que, segundo a Schopenhauer, o Homem age de acordo com os seus anseios para alcançarem seus planos e que se frustrados a todo momento caem em desilusão com a vida. Desse modo, as mídias sociais tem levado inúmeras pessoas ante a frustração por não se encaixarem em padrões tangíveis ao coletivo brasileiro, o que é totalmente errado, sendo que o próprio Schopenhauer defende a busca pela felicidade através do desapego material, equilíbrio sentimental e prazer através de elementos alcançáveis para si próprio como a arte em suas diferentes formas. Logo, para que a população não seja alienada à conjecturas irreais de padrões estéticos, morais e relacionais, faz-se necessário a criação de novas leis. O poder legislativo e executivo devem criar leis que punam veículos de comunicação que exaltem o homem em padrões fictícios de perfeição, sem conceber a real natureza humana e individualidade de cada ser, sendo tais punidos quando descumprirem e obrigados a pagar multas. Para que assim as pessoas não sejam reféns de padrões fúteis e sim livres em suas respectivas identidades.