É possível afirmar que a ilusão que as mídias sociais oferecem sobre expectativa de vida e a incansável busca pelo “bem estar” traz estragos ao psicológico das pessoas, uma vez que a comparação entre as realidades vividas causa ansiedade nos indivíduos e também gera competição como busca de aceitação e status. No que se refere a ansiedade gerada a partir da comparação, pode-se afirmar que a procura de uma vida ideal, baseada em estereótipos, leva a uma permanente insatisfação. Na maioria das vezes é pregado que a vida para ser vivida de forma plena precisa ser repleta de sorrisos, amigos, viagens e diversão. Ocorre que esse mundo criado se torna utópico e inalcançável, já que a existência é sequência de acontecimentos bons e ruins. Convém lembrar, ainda, que esta comparação também ocasiona a competição. Ao se deparar com um cotidiano dito perfeito as pessoas tendem a questionar sua própria existência, se tornam extremamente críticos em relação a si mesmo e desejando utopicamente que sua vida seja perfeita também em todos os aspectos. O resultado é simples, uma vida isolada, pois a busca pelo melhor acaba por trocar a realidade, fazendo com que o status virtual seja mais importante que a interação fora das telas. A mídia social é, portanto, uma das responsáveis pelos danos a saúde mental dos indivíduos. Prova disto é a ansiedade e a intensa insatisfação que rodeia inúmeros cidadãos. Cabe aos produtores de mídias e conteúdos digitais procurarem despertar no usuária a atenção para esses efeitos nocivos à saúde mental de seus usuários, além disso, profissionais da saúde mental poderiam interagir com as campanhas virtuais divulgadas nesse sentido, além claro, do ministério da saúde iniciar trabalho de prevenção neste sentido em escala nacional.