Rostos bonitos, sorrisos radiantes, fotos bem tiradas e uma grande quantia de falsidade. Essa é a fórmula padrão da vida de muitas pessoas nas redes sociais, que visam parecer perfeitas e apresentáveis à todo custo. Em contrapartida, isso apenas evidencia uma sociedade quebrada. A eterna busca pela felicidade, ou a sua ilusão, atribui-se às comparações feitas nas redes sociais. Isso fica evidente ao analisar a pesquisa feita pela ONG inglesa Girlguiding, onde das mais de mil meninas entrevistadas, uma em cada três delas relatou sua maior preocupação na internet: comparar a sua vida com as de terceiros. Faz-se necessário, ainda, salientar a falta de convívio “off-line” entre pessoas como impulsionador da busca da perfeição. De acordo com Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, a falta de solidez nas relações sociais é a característica da “modernidade líquida” do século atual. Diante de tal contexto, a procura da felicidade se baseia nessa dita solidez nas relações sociais. Compreende-se, portanto, que ainda há dificuldades para garantir a concretização de políticas que visem à construção de um mundo melhor. Dessa maneira, urge que campanhas de conscientização sejam reforçadas nos diversos meios sociais com o objetivo de “quebrar” os padrões de perfeição impostos pelas mídias sociais. Assim, o Brasil poderia superar os grandes males da Era Digital.