Na Grécia Antiga, o conceito de beleza ideal era representado através do desenvolvimento das artes, especialmente retratado nas pinturas e esculturas. Hoje, as mídias sociais são fomentadoras de uma busca sofrida pela perfeição inatingível. Essa característica midiática impulsiona traumas sociais além de mostrar uma falsa felicidade. De acordo com a ótica do psicólogo Roberto Alves Banaco, o indivíduo tem o comportamento cultural de seguir aquele que se considera o bem-sucedido: todo mundo vai querer seguir, imitar ou se relacionar de alguma forma com essa pessoa. A atual sociedade capitalista- como é de esperar- estabelece um padrão social e um conceito de felicidade, e as mídias, são as principais propagadoras desta mazela. Ora, se o cidadão não se encaixa nos moldes sociais ele será deslocado socialmente, com baixa autoestima e distúrbio social. Ademais, corrobora para isso a imagem postada de um sujeito que esbanja felicidade integral sem qualquer momento de tristeza. O caso do Chester Bennington- vocalista da banda Linkin Park- o qual, um dia antes de cometer suicídio, postou um vídeo sorridente em uma rede social, mostra a falsa perfeição compartilhada na rede. Dessa forma, é importante os formadores de opiniões nas redes sociais mostrarem que não existe essa perfeição, para assim desmistificar essa ideia. Do mesmo modo, faz-se necessário a atuação de dois agentes: Ministério da Saúde e o próprio cidadão. Ao primeiro, cabe promover políticas públicas de amparo psicológico às vítimas da corrida pela perfeição, por meio da capacitação de profissionais da saúde por cursos de especialização em psicologia comportamental das mídias sociais, construindo um corpo social mais empático, apto a proteger as vítimas do abuso das mídias sociais. Já ao segundo, deve enxergar a verdade por trás dessa ilusão, através de estudo filosófico, não comprar esta ideia, ter seu próprio modo de vida. Quebrando assim o conceito de beleza ideal atual.