Título da redação:

Medicamento: Rota de fuga ou cura?

Tema de redação: As implicações da automedicação na cultura do brasileiro

Redação enviada em 28/03/2016

A automedicação não é um problema brasileiro atual. Periodicamente são coletados dados sobre as causas de intoxicação por medicamentos e suas consequências pelo Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (SINTOX), este publicou que em 2003 cerca de 28% das intoxicações em geral foram causadas pelo uso indevido de medicamentos. Existe uma série de agravantes causados por este ato, como os problemas gerados pela combinação de substância farmacológica e o álcool. Comumente pessoas fazem uso de medicamentos no seu dia-a-dia, seja para amenizar problemas aparentemente mais simples (dores de cabeça, gástricas, etc.) ou à procura de efeitos mais fortes (calmantes ou soníferos), o que faz da automedicação um costume cultural brasileiro. O consumidor não encontra maiores dificuldades para realizar a compra dos medicamentos, mesmo que recentemente tenham sido estabelecidas novas regras para as farmácias e profissionais que nelas atuam. Em 2014, foi estabelecida a lei que obrigava toda farmácia a ter o acompanhamento de um farmacêutico ou técnico na área durante o período de funcionamento diário do estabelecimento. A intenção era que fosse inibida a compra de medicamentos sem o uso da prescrição e para que o consumidor pudesse ter maiores informações sobre os produtos comprados. Porém a falta de fiscalização rigorosa para que houvesse a aplicação das novas regras não trouxe um efeito potencializado e que pudesse enfim diminuir os índices de intoxicações e compras indevidas. Portanto, fica clara a necessidade de não apenas estabelecer leis que regulamentem a compra. É importante maior fiscalização por parte dos órgãos competentes e que haja também interação midiática para que a conscientização seja realizada de forma contínua. Cabe ao Ministério da Saúde maior atuação para o estabelecimento, organização e execução de planos voltados para essa problemática e que haja um maior repasse por parte da Receita Federal a fim de viabilizar maiores campanhas e melhoria no acesso ao atendimento médico, fazendo com que o indivíduo possa se sentir incentivado a procurar por consultas.