A ciência farmacêutica teve um longo processo até a sua consolidação que existe hoje. Durante a Idade Média, bruxas, também conhecidas como curandeiras, à partir de ervas, tratavam os enfermos da época, entretanto, com a ampliação do desenvolvimento científico, particularmente, após o Iluminismo, a indústria farmacêutica ampliou sua produção e o acesso aos seus produtos. Contudo, o uso equivocado de drogas medicinais é altamente perigoso, uma vez que essa prática no Brasil é comum e acentuada pela má gestão pública da saúde e pelo poder alienador da mídia. É fundamental avaliar que, embora o SUS (Sistema Único de Saúde) seja um dos mais modernos e inclusivos sistemas de saúde do mundo, na prática deixa à desejar. Uma visão corriqueira da saúde pública no Brasil é composta pela falta de recursos e infraestrutura nos hospitais, Desse modo, é comum ao se sentir um mal-estar, optar-se pela automedicação como solução, já que buscar ajuda médica no SUS é sinônimo de cansaço e constrangimento. Convém perceber, dessa forma, que a indústria farmacêutica aproveita-se dessa fragilidade da população. Como dito por Thomas Hobbes, o poder é o desejo perpétuo dos homens. Consequentemente, mesmo ciente dos riscos, visando seus lucros, o marketing dessas indústrias bombardeia a população com várias propagandas de medicamentos que prometem ser totalmente eficazes. Além disso, um dos tipos de remédios mais divulgados, os anti-inflamatórios, potencializa o estado de portadores de Dengue, doença epidemiológica no país. Portanto, vê se a necessidade de conscientizar a população e realizar melhorias na saúde pública. As escolas, como meios difusores de conhecimento, devem alertar os alunos sobre os males causados pela automedicação e orientá-los que procurar ajuda médica é mais eficaz que acreditar em propagandas gananciosas de drogas medicinais. Em consonância, a sociedade deve pressionar os órgãos públicos executivos para melhorarem as políticas públicas na área da saúde. Assim sendo, notará-se um grande avanço na diminuição de número de intoxicações medicamentosas tão comuns no Brasil.