Título da redação:

Influência medicamentosa

Tema de redação: As implicações da automedicação na cultura do brasileiro

Redação enviada em 28/03/2016

Não é difícil de se imaginar esta cena: milhares de pessoas comprando medicamentos nas várias drogarias espalhadas pelo país, porém sem consultarem previamente um médico para isso. Essa ação tornou-se muito comum sobretudo após os avanços na indústria farmacêutica , a qual fatura bilhões de reais por ano. Neste contexto, a mídia e fatores culturais incentivam a automedicação dos brasileiros, podendo gerar uma série de consequências negativas a eles. A descoberta da penicilina por Alexander Flaming, no contexto do entre guerras, salvou, e ainda salva, milhões de pessoas ao redor do mundo. No entanto, apesar de antibióticos e outras drogas serem de extrema importância à humanidade, quando a mídia e a indústria dos medicamentos, ávidas por lucro e não preocupadas com seus consumidores, influencia-os a comprarem esses produtos, estão incentivando a permanência da cultura da automedicação no Brasil. Nesse sentido, é muito comum que familiares e amigos do doente indiquem remédios a eles, por terem visto comerciais na TV ou por experiência própria, de forma que a visita a um médico especialista só ocorre em últimos casos. Sendo assim, devido a essas atitudes, as pessoas costumam tratarem sintomas das doenças, sem realmente saberem os motivos dos sintomas, os quais podem ser só indicadores de problemas mais graves. A exemplo disso, pode-se citar o uso de Aspirinas para os indícios de dengue, como uma dor de cabeça simples, porém, esse produto químico é responsável por potencializar a evolução da dengue normal à dengue hemorrágica, a qual pode fatal. Além disso, a automedicação pode influenciar no aparecimento de superbactérias - por intermédio da seleção artificial, devido ao uso indiscriminado de antibióticos - sendo esses microrganismos os responsáveis pela morte de vários indivíduos, principalmente em hospitais. Neste contexto, medidas precisam ser tomadas para tentar reverter esses problemas. Primeiramente, as Escolas devem incentivar os alunos a não se automedicarem e a não usarem indiscriminadamente antibióticos, mostrando a eles os riscos desta ação. Além disso, a mesma deve incentivar os estudantes a fazerem visitas periódicas preventivas aos profissionais da saúde, podendo-se utilizar de atividades didáticas e de aulas de conscientização para isso. Por fim, o Governo Federal deve impor limites às empresas do ramo de medicamentos, de modo que em suas propagadas devam ser feitos incentivos aos consumidores a procurarem ajuda médica adequada aos sintomas. Com essas medidas, as causas e as consequências da automedicação serão efetivamente combatidas.