A automedicação na cultura do brasileiro é um problema na economia e na saúde, que gera muitas implicações. Comparado a outros séculos, atualmente, as pessoas estão cada vez mais individualistas, como afirma Zygmunt Bauman - pensador contemporâneo - , devido à rotina, muitas das vezes, agitadas. Com a rapidez que é se automedicar, essa prática tornou-se algo bastante comum. Segundo dados divulgados pela ANVISA, o uso de medicamento é a principal causa de intoxicação, maior até mesmo que a por agrotóxicos e produtos de limpeza. Assim, é importante destacar que a utilização de medicamentos por conta própria ou por indicação de pessoas não habilitadas é um risco para cada indivíduo, ou seja, a resposta ágil para a cura de uma doença esperada pode, muitas das vezes, causar outro tipo de problema ou mascarar uma doença já existente. Além disso, a automedicação tenta substituir o acompanhamento por profissionais da saúde, pois é função deles a prescrição de determinados medicamentos. As propagandas também influenciam a população a essas práticas. Isso pode ao mesmo tempo desmerecer os profissionais da saúde, assim como lotar os hospitais devido aos efeitos negativos da automedicação, como alergias, dependência, ou até mesmo, a morte. Fica evidente, portanto, que medidas são necessárias para resolver esse impasse. Para o CONAR, é necessária fiscalização mais rigorosa dos comerciais que induzem a automedicação e, se for preciso, a retirada desse, e para a publicidade, a criação de propagandas que conscientizem que ir ao médico não é “frescura” como muitos dizem. Ao Estado, cabe o reforço no número de profissionais que periodicamente, vigiem as farmácias na manipulação e vendas desses medicamentos e, a longo prazo, o implante de leis mais severas que dificultem a venda de certos tipos de medicamentos, principalmente os que causam dependência.