Ao longo do processo de colonização portuguesa, a saúde ficava nas mãos dos boticários, que prescreviam medicamentos sem ter base cientifica para a população. Séculos depois, mesmo com profissionais da saúde, a automedicação continua presente na cultura brasileira. Com isso, surge a problemática do uso de remédios de forma abusiva e inadequada, seja pela facilidade de compra de determinados produtos, seja por indução midiática. É indubitável que a questão da venda de remédios sem receitas medica estejam entre as causas do problema. De acordo com Saint-Evremond, a saúde como a fortuna, deixa de favorecer os que abusam dela. De maneira análoga, é possível perceber que, em excesso até remédio vira veneno. As farmácias ao venderem medicamentos sem prescrição medica, contribuem para o uso abusivo por parte do consumidor. Desse modo, evidencia-se a importância do reforço da prática da regulamentação como forma de combate a problemática. Outrossim, destaca-se a influência por parte da mídia uma vez que, a propaganda, muitas vezes induz e incentiva o consumo de determinado medicamento que não responde de maneira positiva a tal necessidade. O uso inadequado de determinados remédios, além de causar problemas como intoxicação, dependência, pode levar a óbito. Entende-se, portanto, que a continuidade da automedicação na contemporaneidade é fruto da ainda fraca eficácia das leis e na contemporaneidade é fruto da ainda fraca eficácia das leis e da permanência da indução midiática. A fim de solucionar o impasse, a Receita Federal deve investir uma maior parcela dos impostos arrecadados em fiscalização para que não haja venda sem prescrição medica, além de aplicar campanhas de abrangência nacional junto às emissoras abertas de televisão como forma de conscientização. Dessa forma, esse fato social será gradativamente minimizado no país.