Título da redação:

Cultura da automedicação

Tema de redação: As implicações da automedicação na cultura do brasileiro

Redação enviada em 11/07/2016

No que se refere a automedicação na cultura do brasileiro, pode-se perceber que a população se acha capaz de medicar-se, visto que é uma coisa considerada normal entre eles, tendo em vista que “funcionou” com pessoas de sua convivência e que já estão acostumados com a prática desde a sua infância. Nesse sentido, é perceptível que a falta de informação, aliada a falta de escolaridade da população carente, ajuda a “enraizar” a ideia de que é possível se diagnosticar e automedicar-se com os medicamentos que possui em casa. Vale também ressaltar que essas pessoas que se automedicam, aprenderam tal prática com seus país ou avós, que aprenderam lá no passado a tomar um chá, a “benzer”, tomar um “remedinho”, entre outras coisas que “curavam”. O problema, na atualidade, está em fazer tais atos com crianças ao redor, vendo tal ação, uma vez que estão contribuindo para um ciclo vicioso de automedicação sem prescrição médica. Quase certamente, irão tornar-se adultos que acharão tal prática normal. Somado a isso, pode-se dizer que tomar remédios por conta própria é muito perigoso. Além de poder causar uma intoxicação, pode esconder os sintomas de outras doenças, como por exemplo, a dengue, que possui sintomas muito parecidos com os de uma gripe. Não obstante, quando se fala em automedicação com antibióticos, o problema aumenta, esses remédios podem tornar microrganismos resistentes a eles, além de poderem infectar outras pessoas com as chamadas superbactérias, que sofrem mutações genéticas, tornando-se resistentes a medicamentos, um problema que está muito presente nos hospitais brasileiros, tendo em vista tal resistência aos remédios mais fortes para o tratamento. Desse modo, é necessário que o governo federal intensifique a publicidade em meios de grande abrangência, como a televisão, mostrando os reais efeitos de tomar um “simples” remédio, incentivando a população a procurarem ajuda médica e que não se automediquem sem prescrição de um profissional da saúde. Convém também disponibilizar material impresso sobre o assunto nas escolas, alertando as crianças e os adolescentes para que quando forem adultos, não passem para as próximas gerações essa cultura da automedicação.