Título da redação:

Automedicação: uma vilã da vida saudável.

Tema de redação: As implicações da automedicação na cultura do brasileiro

Redação enviada em 15/09/2017

Nos primórdios da humanidade, o tratamento de doenças era comumente feito com plantas e chás; já no século XX, começaram a aparecer medicamentos fabricados em laboratório - a exemplo dos antibióticos, descobertos por Alexander Fleming. Na atual pós-modernidade, há inúmeros tipos de medicamentos. Todavia, esse grande contingente de remédios, infelizmente, tem sido mal aproveitado, o que ocorre por causa da automedicação. Tal danosa prática promove diversos danos à saúde e, por isso, é imprescindível coibi-la. Certamente, a automedicação que, para muitos brasileiros, parece ser uma fonte de melhoria da saúde, na verdade, a debilita. Prova disso, é um dado da Anvisa, conforme o qual, o ato de automedicar-se é a principal causa de intoxicações no Brasil. Além de intoxicações, consumir remédios por conta própria pode causar resistência de microrganismos a antibióticos e, inclusive, morte. Surge, pois, a urgência de reeducar a população brasileira no sentido de fazer a totalidade dos brasileiros perceber que ingerir medicamentos sem indicação médica só prejudica a saúde e a qualidade de vida. Ademais, é premente destacar uma inerente causa da cultura de automedicação no Brasil: a ineficiência do sistema público de saúde. Sob tal ótica, o filósofo estadunidense John Rawls – por meio do conceito de equidade - afirmou que medidas práticas são necessárias, a fim de que todos os cidadãos tenham acesso a uma sadia qualidade de vida. Em contrapartida à ideia de Rawls, no Brasil, a dificuldade de encontrar atendimento médico faz a automedicação ser a única forma de tratar uma doença para inúmeros brasileiros. Portanto, evidencia-se a falta de ações práticas por parte do poder público com o intuito de garantir à população uma vida saudável. Por conseguinte, conforme disse o educador Paulo Freire, “se a educação sozinha não muda a sociedade, tampouco sem ela o mundo se transforma”. Nesse viés, uma impreterível maneira de evitar a automedicação e, consequentemente, eliminar suas severas implicações à saúde, é a realização de campanhas governamentais que alertem para os perigos de automedicar-se. Tais campanhas devem ser veiculadas nas escolas, por intermédio de palestras com médicos, e também podem ser divulgadas nas redes sociais do Governo Federal. O efeito de tal ação será a mitigação da crença, alimentada por diversos brasileiros, de que ingerir remédios por conta própria é uma eficiente maneira de tratar uma enfermidade. Só assim, os diversos medicamentos hoje existentes poderão ser aproveitados de forma consciente e eficaz.