Seja por escolha própria ou indicação de um amigo incapacitado, a automedicação está presente na cultura brasileira e é responsável pela grande parte dos casos de intoxicação no país. Além da facilidade na obtenção de remédios, o precário sistema de saúde brasileiro colabora para a ingestão indevida de medicamentos. A compra de analgésicos e anti-inflamatórios, por exemplo, pode ser realizada em qualquer drogaria. Sintomas comuns, podem ser resultado de enfermidades graves, e a automedicação pode levar à uma piora do quadro clínico. Dessa forma, além do possível agravamento da situação, as pessoas correm o risco de sofrer uma reação alérgica e até vir a óbito. A dificuldade na obtenção de serviços médicos, tanto por falta de condições financeiras, quanto por falta de profissionais, induz a automedicação. O Brasil conta com cerca de 1,95 médico por mil habitantes, segundo dados do IBGE. Assim, devido à dificuldade de um acompanhamento profissional, sintomas como dor de cabeça e má digestão levam à ingestão de medicamentos inadequados. Conforme os dados apresentados, conclui-se que a automedicação é um habito inadequado. Dificultar a compra de medicamento, por meio da solicitação da prescrição médica, além da melhora da saúde pública por meio do aumento do número de profissionais e melhoria dos hospitais é o caminho mais viável.