O ser humano é um conjunto das relações sociais concretamente determinadas pela história. Não está interessado somente em interpretar o mundo, mas sim em transformá-lo. Entretanto, quando se discute sobre as implicações da automedicação na cultura do brasileiro, percebe-se que no Brasil, a automedicação é um problema de saúde pública. Nesse caso, cabe um debate mais amplo sobre o problema do fácil acesso a remédios, com isso, as pessoas sentem-se aptas para se automedicarem, gerando, assim, diversos problemas de saúde pública. Seria um bom começo melhorar o olhar lançado sobre os motivos que levam a automedicação, percebendo que devido ao modo de vida acelerado dos centros urbanos, bem como a má qualidade do serviço de saúde pública, além da falta de tempo para consultas médicas, muitos optam por adquirir medicamentos sem prescrição médica, e se medicam de forma inadequada. Em vista disso, percebe-se que a ação de se automedicar com a finalidade de curar ou aliviar temporariamente dores e desconfortos, ocasionará uma reação contrária, ou seja, poderá agravar ou "camuflar" determinados sintomas de doenças, dificultando, com isso, um futuro diagnóstico. Essa conjunção de fatores evidencia que a automedicação pode ocasionar outros problemas, no qual o uso de forma equivocada de remédios pode anular ou potencializar o efeito de outro. É preciso, porém, ir alem e encarar essa questão como um problema de ordem social, em que as consequências da automedicação refletem na saúde da população em geral. Outrossim, as mídias, através de propagandas e comerciais, visam persuadir e influenciar a automedicação e não a avaliação médica para solucionar, de forma imediatista. Levando em consideração os fatos fundamentos ao longo do texto, pode- se compreender que para a mudança desse quadro exige intervenções pontuais: promover ações sociais que contemplam maior investimento do Governo Federal no setor de saúde pública, buscando medidas curtas e ao longo prazo como qualidade no atendimento e melhorias na infraestrutura e ao longo prazo almejando uma medicina preventiva e não curativa , já o Conselho Regional de Medicina ( CRM) deve usar os meios de comunicação para informar a sociedade sobre os malefícios da automedicação. Além disso, o Ministério da Saúde deve proibir propagandas e comerciais que influenciam a população a se automedicar, do mesmo modo cobrar do Governo Federal medidas para dificultar o acesso à remédios, com o propósito de minimizar os problemas gerados pela automedicação