Droga é toda substância natural ou sintética que, quando introduzida no organismo, modifica suas funções. Com base nessa definição, é fácil perceber que droga não é só a maconha e a cocaína, por exemplo, mas sim, todo tipo de medicamento usado pelas pessoas. Com isso, um dos grandes debates vigentes no Brasil têm sido as implicações da automedicação na cultura dos brasileiros. Com a precária saúde na qual a maioria dos cidadãos tem acesso, fica difícil consultar um médico a cada vez que sentirem que algo esta fora do normal. Logo, a utilização principalmente de antitérmicos, analgésicos e anti-inflamatórios sem prescrição médica tem sido muito frequente. Muitas são as causas que levam a isso, como a superlotação de hospitais e postos de saúde e a longa fila que as pessoas precisam enfrentar para serem atendidas. Infelizmente, tal atitude tem trazido consequências muito sérias para a segurança da saúde mundial, uma delas tem sido a criação de superbactérias, que por seleção natural, se tornam resistentes a todos os tipos de antibióticos. Além disso, essa medicação por conta própria traz vício e intoxicação, que podem levar o indivíduo até mesmo à morte, pois, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as reações adversas a medicamentos representam mais de 10% das internações hospitalares. A questão da automedicação deve ser resolvida com rapidez e exatidão, portanto, cabe à farmácia zelar pela saúde dos clientes que a procuram e defender o seu bem estar, pois ela é o ponto de venda dos remédios, e fiscalizar o que acontece por lá é um fator chave do uso irrestrito de medicamentos. Além disso, o Ministério da Saúde deveria desenvolver campanhas de conscientização contra a automedicação, mostrando à população os riscos que ela traz para, assim, diminuir seus impactos no Brasil e no mundo.