No Brasil hodierno, a automedicação pode ser considerada uma prática inerente à cultura da população. Utilizar medicamentos por conta própria ou por indicação de outras pessoas faz parte da rotina do brasileiro. Porém, esse hábito é muito perigoso, podendo ser considerado um problema de saúde pública quando analisada a quantidade de brasileiros que se automedicam. Portanto, esse costume tem trazido muitas implicações negativas à saúde das pessoas. A priori, é válido ressaltar a intoxicação. Segundo a Anvisa, a automedicação ocupa o primeiro lugar dentre as causas de intoxicação no país. Além disso, os medicamentos que mais trazem esse malefício são os analgésicos, antitérmicos e anti-inflamatórios, pois são vendidos nas farmácias sem receita médica, fazendo com que as pessoas os utilizem com mais frequência. As consequências disso são vários sintomas que causam mal-estar no usuário, como náusea, febre, e até dificuldade para respirar. Em segundo lugar, é possível observar outros fatores que são de risco na automedicação, como a mistura de dois ou mais medicamentos. Segundo o cardiologista Paulo Moreira, essa combinação pode ser muito perigosa, pois vários medicamentos são incompatíveis uns com os outros. Essa mistura pode trazer muitas sequelas ao paciente e, em casos mais graves, levar à óbito. Diante do exposto, pode-se concluir que a automedicação é muito grave e pode trazer como consequência a morte. Para que esses casos diminuam, é necessário que o Ministério da Saúde realize mais campanhas de conscientização visando informar a população sobre os riscos de se automedicar. Com isso, a longo prazo, essa cultura presente no brasileiro mudará.