A automedicação, no Brasil, se mostra presente desde o período colonial, no qual os nativos utilizavam das chamadas "drogas do sertão" para a obtenção de ervas medicinais a fim de se curar das enfermidades da época.Todavia, hoje, no auge da Era tecnológica, com a ascensão das indústrias farmacêutica e informática, tal prática pode trazer inúmeras consequências para o indivíduo e para a saúde da população, em geral. Em virtude do atual cenário da saúde pública do país - hospitais e clínicas precárias, ausência de profissionais preparados,escassez de materiais e medicamentos e o mau atendimento - tem-se que a automedicação é estimulada pelo próprio Estado.Uma vez que,descrentes para com o sistema de saúde, os indivíduos dão preferência à tradição oral e à opinião alheia, que muitas vezes se mostra errônea e ,logo, poem em risco a sua saúde pela possibilidade de efeitos contrários como: surgimento de alergias,bactérias super-resistentes ou até a morte. Além disso, tendo em vista a postura midiática e o acesso à informação por meio da internet, tornou-se comum o ato do diagnóstico online, que é responsável por uma em cada 20 pesquisas do Google, de acordo relatório da empresa norte-americana .Explicitando, portanto, o caráter apreensivo da automedicação que, subjugando a experiência médica em detrimento do alívio imediato, traz, somente, mais danos do que benefícios, a longo prazo. De acordo com o supracitado, o não aconselhamento médico deve ser,logo, combatido.Para isso, investimentos do Governo no âmbito da saúde, construindo mais hospitais e clínicas e provendo esses, de materiais e profissionais adequados, são imprescindíveis.Ademais, faz-se necessário ações de ONGs, com campanhas publicitárias conscientizantes para com os malefícios da automedicação, a fim da promoção da saúde e bem-estar para todos.