Práticas medicinais fazem parte do Brasil desde os antepassados , presente entre os indígenas , perpetuam até os dias atuais e com o avanço da medicina há uma ampliação no "leque" de medicamentos , permitindo melhores resultados. Porém , a maioria das pessoas usam essas drogas de forma incorreta , geralmente por encarar como um ato natural e juntamente com a falta de estrutura da saúde pública , colocam a vida desses indivíduos em risco. Grande parte dos brasileiros , carregam consigo tradições e costumes anteriores a ele , como a automedicação , onde uma pessoa aprende desde cedo , por exemplo, que um simples chá de hortelã cura a dor de barriga , muitas vezes mascarando sintomas mais graves . Todo esse raciocínio , pode ser explicado pelo sociólogo Émile Durkheim , que diz : " a sociedade resulta da combinação de consciências individuais e se organiza pelas normas e costumes " . Juntamente com as práticas corriqueiras de autotratamento , há externamente um sistema de saúde desestruturado com falta de profissionais da área , postos de saúde , hospitais e remédios , levando em conta que apenas 4% do PIB brasileiro é investido na saúde , segundo o IBGE. Logo , por não possuir orientação medica e outros recursos , a maioria das pessoas recorrem a seus métodos próprios . Portanto , a automedicação no Brasil é resultado de costumes da sociedade , e com a carência de investimentos públicos na saúde , há o agravamento dessas práticas .Diante disso , há a necessidade da participação do governo , da escola e da família na introdução de medidas como maior inserção de médicos e medicamentos em hospitais já existentes e construção de mais UPAS e postos em locais que não possuem ; implementação de debates e palestras sobre os riscos do autotratamento em escolas , com o intuito de esclarecimento aos jovens e maior veiculação de propagandas informativas sobre o tema na mídia , com o objetivo de gerar reflexão.