A automedicação é um ato realizado há muitas décadas pelos seres humanos a nível mundial, essa prática vem sendo passada de geração em geração, por exemplo, a grande maioria das pessoas aprendeu com os seus pais que o Paracetamol é um medicamento utilizado para combater a dor de cabeça e que não precisa de prescrição médica para ser comprado. Mas, a medicação por conta própria é algo perigoso e por isso é considerada um problema de saúde pública no Brasil. Com o advento da internet e a não vontade dos brasileiros em procurar um médico com a desculpa de “é só uma dorzinha passageira”, muitos possuem o hábito de ter uma “farmacinha” em casa, prática que pode ser muito útil em alguns momentos, porém pode ser danosa em outros, afinal com o acesso a tanta medicação e sem informação correta, o sujeito acaba ingerindo vários remédios com o objetivo de melhorar, porém isso pode acarretar a sua piora, e até mesmo levando ao surgimento de outros problemas, como pode se observar no caso do estudante capixaba Usalio Pivetta, 22 anos, que passou por uma situação complicada, o excesso de medicamentos tomados por conta própria gerou nele uma hepatite medicamentosa e fez com que ficasse 15 dias sem medicação, o que agravou suas dores e febres. Muitas vezes essa prática pode ter a dosagem mais alta do que o necessário, causando intoxicações, como o caso da guia turística Bruna Pierre, que em 2005, ficou 18 dias em coma devido à automedicação em grandes doses. De acordo com pesquisa do Ministério da Saúde, a automedicação levou para o hospital mais de 60 mil brasileiros nos últimos cinco anos, número preocupante para a sociedade, que precisa de soluções imediatas. Para que não aconteçam graves problemas, que podem até levar a morte, seria necessária a conscientização da população através de campanhas publicitárias por parte do governo e até mesmo de laboratórios que fabricam os remédios, para assim por fim a medicação por conta própria, afinal essa difícil situação deve ser solucionada de forma rápida e urgente. Além de a própria população fazer a sua parte,e não confiar em tudo que se assiste em televisões e se lê na internet, afinal mesmo com a vasta gama de informações que o uso da internet trouxe, deve-se tomar cuidado com a falseabilidade delas e por isso esse seria o momento ideal para surgir à oportunidade de farmacêuticos ganharem espaço como profissionais promotores de saúde dentro das farmácias e drogarias, para que assim os indivíduos tivessem ajuda de um profissional que estudou e sabe a respeito de medicações.