Título da redação:

A Busca pela Praticidade do Mundo Contemporâneo

Tema de redação: As implicações da automedicação na cultura do brasileiro

Redação enviada em 31/03/2016

Pesquisas feitas pelo Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ), em 2014, apontaram um quadro alarmante no questionamento da automedicação dos brasileiros. Três em cada quatro cidadãos tinham o hábito da medicação sem prescrição médica. Configura-se, assim, a potencialização de doenças já existentes e a cura “mascarada” delas. Portanto, torna-se emergencial o controle do uso dos medicamentos no país para evitar que o excesso de desinformação intensifique malefícios para a saúde brasileira. A cultura do país tem, em sua passagem no Brasil Colonial, os Curandeiros – homens e mulheres que diziam ter o poder da cura pelas mãos recorrendo a forças misteriosas. Na atualidade, tampouco se faz diferente, porém, as pessoas pedem ajuda a familiares, vizinhos e a própria internet, neste se encontram sites especializados no ramo da automedicação, para achar a cura de uma simples dor de cabeça ou um problema nasal. Seja pela praticidade em solucionar a doença ou pelo mundo contemporâneo em que o tempo é escasso e tudo é corrido, por conseguinte, o indivíduo se submete ao uso indevido de medicamentos que podem levá-lo a tragédias, como, por exemplo, alergias, intoxicações e a óbito. As grandes empresas de medicamentos utilizam, em suas propagandas midiáticas, a prescrição com a seguinte frase: “persistindo os sintomas o médico deverá ser consultado”. Ou seja, eles dizem que é para tomar o remédio sem orientação médica, contudo, senão houver a cura, procure um médico. É essa ótica desenformada que veio desde o Brasil Colonial e ainda é reafirmada por essas indústrias de fármacos, constituindo um grave problema de legislação. Tais fatores ocasionam o agravamento de doenças que poderiam ser curadas se breve fossem medicadas de forma correta. No Brasil, o uso de analgésicos, antiinflamatórios e antibióticos está em alta, consequentemente isso traz graves problemas, como, o aparecimento de superbactérias – devido ao uso de medicamentos irregulares, a bactéria se torna resistente a antibióticos comuns; a cura só se dá com um tratamento específico e rigoroso. Sendo assim, fica claro notar a urgência para evitar a atenuação dessa prática tão corriqueira. Em primeira instância, as instituições educacionais devem ensinar, debater e esclarecer os danos a saúde humana que traz o método de automedicar-se, e, não só aos jovens, reúnam, também, os pais para assistirem palestras relacionadas ao tema, para assim disseminar a toda família as informações corretas. Ao Poder Legislativo, deve-se elaborar, aplicar e fiscalizar leis mais severas para evitar comerciais que reforcem essa ideia de praticidade em comprar o remédio e se curar sem passar por especialistas. Dessa forma, em médio ou longo prazo, milhões de vidas serão salvas.