A automedicação é um fenômeno recorrente no Brasil, e possui causas na facilidade de acesso aos medicamentos, e na falta de conhecimento sobre seus riscos, podendo levar a sérias complicações de saúde. Com um péssimo sistema público de saúde, com filas enormes e estruturas precárias, muitos são obrigados a recorrer à saúde privada, porém, com consultas caras, as pessoas acabam optando pela autoavaliação e medicação, devido sua praticidade no dia-a-dia, e a incredulidade perante seus riscos. Entretanto, os riscos que essa ação engloba, vão desde a intoxicação por remédios, que ocupa o primeiro lugar de casos de intoxicação no país, ao aumento da resistência bacteriana aos antibióticos, devido a seu uso inadequado, o que já gerou inúmeros casos de infecções por bactérias super-resistentes pelo Brasil. Portanto, fica evidente a necessidade de desestimular a prática da automedicação, com a burocratização da compra de remédios, sendo exigido uma prescrição médica, o que, se não resolve a questão, no mínimo dificulta a sua prática; mas, acima de tudo, é preciso conscientizar a população sobre os riscos, desde propagandas públicas à educação escolar.