O mercado de trabalho atual está cada vez mais competitivo e exigente. Desse modo, percebe-se a necessidade de se discutir as perspectivas de trabalho do jovem brasileiro. Nesse contexto, há dois fatores que não podem ser negligenciados: a necessidade de se investir em formação qualificada e o principal entrave dos jovens na busca de um emprego, a falta de experiência. Em primeira análise, cabe pontuar que as instituições de ensino formam seus alunos e os jogam no mercado de trabalho sem o mínimo de preparo. Prova disso é o fato de 80% dos alunos acreditarem que suas escolas focam apenas no bom desempenho em exames teóricos sem nenhuma preparação para o mercado de trabalho, segundo dados obtidos pelo jornal The Independent. Assim, para sobreviver no sistema, jovens acabam se candidatando a empregos abaixo de seu nível de instrução, sendo obrigados a realizar atividades que não gostam indo contra o pensamento aristotélico de que o prazer no trabalho aperfeiçoa a obra. Ademais, convém frisar que a má formação não é, contudo, o único problema. Além de tudo, a falta de experiência atua como o principal obstáculo para os recém-formados ou em formação acadêmica. Segundo a Companhia de Planejamento do DF – CODEPLAN – 32% dos jovens estão fora do mercado de trabalho, e isto se deve a concorrência com indivíduos entre os 40 e 50 anos, que por serem mais experientes acabam sendo a principal opção das empresas. Sabe-se que atual crise econômica vivenciada pelo país, também contribui para que as taxas de desemprego aumentem. Diante disso, tornam-se necessárias ações governamentais para que o mercado não se desestruture como na década de 1990. Portanto, medidas são necessárias para atenuar a problemática. É imprescindível que as instituições de ensino se readaptem para oferecer um ensino que contemple tanto a formação teórica quanto a prática, e para isso deve-se incentivar o ingresso dos estudantes nos estágios, para que desde cedo o jovem tenha um contato com o mercado de trabalho. Além disso, as empresas devem abrir cotas para jovens aprendizes, tal atitude garante um benefício mútuo, pois irá garantir uma qualificação profissional aos jovens, que em um futuro próximo contemplará as empresas com este serviço. Logo, poder-se-á afirmar que a pátria oferece mecanismos exitosos para lidar com a problemática.